O ano de 2025 foi marcado por avanços econômicos surpreendentes no Brasil, mesmo com uma ampla agenda de tensões políticas e desafios fiscais. O desemprego atingiu a mínima histórica, com taxa de 5,2% no trimestre encerrado em novembro, a menor desde 2012, refletindo uma recuperação no mercado de trabalho.
Desemprego em mínima histórica e desempenho da atividade econômica
O movimento de redução do desemprego foi contínuo ao longo do ano, com recordes sucessivos de recuo do indicador. Segundo dados oficiais, a atividade econômica cresceu cerca de 2,3% em 2025, resultado superior às expectativas iniciais, mesmo com juros elevados na Selic, que se manteve em 15% pelo Banco Central, sem sinais de redução.
Apesar do contexto de juros altos, a inflação permaneceu sob controle, contribuindo para que a economia brasileira evitasse uma recessão. Especialistas destacam que o crescimento modesto, mas consistente, demonstra a resiliência do país frente ao aperto monetário.
Perspectivas para o Brasil na economia internacional e política
Durante o ano, ocorreu um episódio de tensão com os Estados Unidos, quando Donald Trump anunciou tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, vinculando a medida a questões políticas e econômicas. No entanto, negociações diplomáticas, incluindo encontros entre Trump e o presidente Lula, ajudaram a aliviar a crise, com a redução das tarifas e a retomada das relações comerciais.
Internamente, o governo enfrentou dificuldades no Congresso, marcada por disputas sobre emendas e vetos, mas conseguiu aprovar uma importante medida: a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, além de uma redução para rendas de até R$ 7.350, em um cenário de maior estabilidade fiscal.
Desafios fiscais e questões judiciais
O esforço para cumprir a meta fiscal de 2025 passou por ajustes, com cerca de R$ 44 bilhões excluídos do cálculo, incluindo recursos destinados ao setor de defesa. Além disso, o episódio envolvendo a liquidação do Banco Master trouxe uma fronteira de tensão entre o Executivo, o Poder Judiciário e órgãos de fiscalização, com questionamentos acerca do procedimento adotado e suas implicações para o sistema financeiro.
De acordo com o ministro Dias Toffoli, o episódio será melhor esclarecido em 2026, e sua repercussão ainda está por definir, representando um teste à autonomia do sistema regulador.
Projeções para 2026 e o futuro do país
As perspectivas para o próximo ano apontam para uma não-linearidade da economia, com crescimento moderado, mas sustentado. Analistas avaliam que o governo terá que equilibrar a continuidade de reformas fiscais com a gestão de tensões políticas internas, especialmente no cenário eleitoral que se aproxima.
Segundo fontes do setor econômico, o contexto de estabilidade alcançado em 2025 oferece uma base sólida para que o Brasil avance na direção de metas de desenvolvimento sustentável, mesmo com dificuldades enfrentadas ao longo do caminho.


