No Brasil, o mundo das bonecas reborn tem ganhado cada vez mais notoriedade, especialmente em tempos desafiadores como os da pandemia de COVID-19. Esse tipo de boneca, que simula um bebê real com características muito semelhantes, é uma verdadeira paixão para colecionadores e mães que desejam vivenciar a maternidade de uma forma diferente. Neste contexto, Alana, mãe de trigêmeos e criadora de uma loja de bonecas reborn, se destacou ao transformar sua arte em um negócio lucrativo, mesmo diante das dificuldades que as condições sanitárias impuseram.
A difícil rotina de uma artista e mãe
Alana não apenas se dedica ao seu ateliê, mas também enfrenta o desafio de cuidar de seus trigêmeos. Conciliar a maternidade com o empreendedorismo requer organização e planejamento. Para conseguir dar conta de tudo, ela conta com a ajuda de familiares e de uma babá, o que lhe permite dedicar mais tempo à sua paixão pela criação de bonecas. “É um desafio imenso, mas encontrar um equilíbrio entre ser mãe e empreendedora é gratificante”, afirma ela.
O impacto da pandemia nas vendas de bonecas reborn
Durante a pandemia, como muitos negócios, a loja de Alana precisou fechar as portas temporariamente. Porém, com o retorno gradual à normalidade, ela decidiu reimaginar o conceito de sua loja. Alana implementou o conceito de “maternidade de bonecas”, que inclui berços aquecidos e simulações de partos. Essa ideia inovadora não apenas deu um novo ar ao negócio, mas também atraiu a atenção de um público que busca experiências únicas. “A maternidade de bonecas trouxe uma nova perspectiva para os clientes, fazendo com que eles quisessem mais do que apenas comprar uma boneca”, explica Alana.
A febre das bonecas reborn no Brasil
As bonecas reborn têm conquistado um espaço especial no coração dos brasileiros, levantando um verdadeiro fenômeno de vendas pelo país. As peças, que podem ser vendidas por preços que variam de algumas centenas até milhares de reais, são decoradas com detalhes minuciosos que imitam a aparência de um recém-nascido. De acordo com informações recentes, algumas dessas bonecas foram vendidas por até R$ 10 mil cada. Alana, por sua vez, conseguiu faturar cerca de R$ 300 mil em um ano, impulsionando ainda mais sua paixão pelo universo das bonecas.
O fascínio e a polêmica
O sucesso dos reborn não vem sem polêmicas. Críticos apontam que a comercialização dessas bonecas pode ser problemática, especialmente se levada ao extremo, onde a linha entre a arte e a obsessão pode se tornar tênue. No entanto, para muitos colecionadores e admiradores, as bonecas representam não apenas um objeto de consumo, mas também uma forma de arte e uma forma de lidar com as emoções ligadas à maternidade. “Essas bonecas trazem um alívio emocional e uma forma de ressignificar a experiência da maternidade”, diz Alana, ressaltando a importância do carinho que as pessoas depositam em suas criações.
Um olhar para o futuro
Com o crescimento do negócio e um público cada vez mais interessado nas bonecas reborn, Alana planeja buscar novas formas de engajar seus clientes. Ela já está pensando em workshops e eventos que possam trazer ainda mais visibilidade não apenas para a sua loja, mas também para o universo da maternidade artística. “Espero que as pessoas continuem a apreciar a arte por trás das bonecas e que cada uma delas conte uma história”, conclui.
Em resumo, a trajetória de Alana é um verdadeiro reflexo da capacidade de reinvenção e persistência. Combinando sua experiência como mãe de trigêmeos com sua paixão por pintura e design, ela não apenas criou um negócio de sucesso, mas também um espaço onde emoções e arte se entrelaçam, provando que é possível encontrar beleza em meio aos desafios da vida. O fenômeno das bonecas reborn em 2025 demonstra que, além de uma tendência comercial, existe uma conexão emocional que pode ser explorada e valorizada por muitos.



