Brasil, 30 de dezembro de 2025
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Vorcaro responde a perguntas do STF sobre atuação do Banco Central no caso Master

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (30), Daniel Vorcaro respondeu a diversas perguntas relacionadas à atuação do Banco Central na fiscalização do case do Master, empresa envolvida em fraudes financeiras que resultaram na prisão do próprio Vorcaro e de outros envolvidos. A oitiva, solicitada pelo ministro Dias Toffoli, ocorreu de forma resumida por escrito, enquanto o ministro não participou da audiência presencial.

Ficou a dúvida sobre a fiscalização do BC no caso Master

Vorcaro foi questionado se o Banco Central alertou o BRB sobre as primeiras evidências de irregularidades nas carteiras de crédito oferecidas pelo Master. O depoente afirmou que o órgão regulador só teria sido informado durante uma reunião dias antes da operação da Polícia Federal, em 17 de novembro, e que essa reunião foi realizada em um momento de buscas por uma solução de mercado para o conglomerado.

Reunião do dia da prisão e possíveis estratégias

Outro ponto abordado foi a reunião virtual de Vorcaro com Ailton de Aquino Santos, diretor do Banco Central, na véspera de sua prisão. O encontro, de 40 minutos, tinha como objetivo discutir negociações em andamento para o futuro do conglomerado Master, conforme documento do próprio banco usado na defesa do executivo. A pergunta do STF buscava entender se a reunião fazia parte de uma estratégia deliberada para produzir provas favoráveis.

Percepções sobre a atuação do BC e possíveis atrasos

Toffoli questionou Vorcaro sobre a rapidez da fiscalização do BC diante das suspeitas de fraude, incluindo se o regulador agiu com a “celeridade necessária”. Na entrevista, o ministro também solicitou que Vorcaro avaliasse se o Banco Central falhou em seu dever de supervisão prudencial, considerando o momento em que as irregularidades foram detectadas e a intervenção definitiva.

Investigação e possíveis responsabilizações

Além disso, o STF investiga se houve demora injustificada por parte do Banco Central para interromper as atividades do Master, permitindo que a fraude continuasse por mais tempo. As perguntas enviadas por Toffoli também exploraram a reunião do próprio Vorcaro com o diretor do BC, dias antes de sua prisão, além de indagações sobre a responsabilidade do órgão na não detecção antecipada das fraudes.

Prisão de Vorcaro e contexto das investigações

Vorcaro foi preso no dia 17 de novembro, no aeroporto de Guarulhos, enquanto tentava embarcar para Malta em um jato particular, sob suspeita de tentativa de fuga. A decisão ocorreu logo após a reunião virtual com o diretor do BC, na qual o empresário apresentou negociações em curso relacionadas às irregularidades do banco.

As perguntas também buscaram esclarecer quem solicitou a reunião com o BC — se foi Vorcaro ou o próprio banco — além de indagar se ele comunicou suas viagens ao diretor de fiscalização do BC na ocasião.

O depoimento ocorre num momento de alta tensão envolvendo o caso Master, uma das maiores fraudes financeiras investigadas recentemente, e traz à tona discussões sobre a fiscalização bancária e a responsabilidade do regulador na prevenção de crimes desse tipo.

Entre os aspectos destacados pelo Ministério Público e pela investigação estão as ações de Vorcaro, a reunião com o BC e a atuação da Polícia Federal no desmantelamento da fraude, que resultou na devolução dos recursos e na prisão de diversos envolvidos.

Mais detalhes sobre as perguntas enviadas ao depoente e o andamento do processo podem ser acompanhados no link oficial.

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