A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,2% no trimestre móvel encerrado em novembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma estabilidade em relação ao trimestre anterior e um leve aumento em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a taxa foi de 4,8%.
Perspectivas da recuperação do mercado de trabalho
De acordo com o IBGE, o mercado de trabalho brasileiro demonstra sinais de recuperação após anos de desafios econômicos e pandêmicos. O número de pessoas desempregadas, atualmente, representa cerca de 1,3 milhão de indivíduos em busca de emprego, uma redução em relação ao mesmo período do ano passado.
O gerente da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, afirmou que os dados indicam uma melhora gradual na geração de empregos formais, ainda que o ritmo seja lento. “Apesar dos avanços, a taxa de desemprego ainda permanece acima do nível pré-pandemia, e é necessário ampliar os investimentos para promover uma recuperação mais robusta”, destacou Azeredo.
Impacto da atividade econômica na taxa de desemprego
Especialistas apontam que os resultados refletem a retomada parcial da atividade econômica, impulsionada por setores como comércio e serviços. No entanto, a recuperação ainda enfrenta obstáculos, como a inflação elevada e a inflação de juros, que dificultam o crescimento sustentável do mercado de trabalho.
O setor privado tem promovido novas contratações, especialmente em segmentos de tecnologia e infraestrutura, porém, a informalidade permanece elevada, preocupando especialistas quanto à qualidade da recuperação do emprego.
Comparativo com anos anteriores
Em 2022, a taxa de desemprego ficou em torno de 11%, marcando uma fase de crise no mercado de trabalho. Desde então, os dados do IBGE demonstram uma tendência de queda, embora ainda distante dos índices registrados antes da crise de 2015, que chegaram a 7,9%.
Próximos passos e expectativas
Analistas do mercado financeiro aguardam que o cenário de melhora continue, impulsionado por políticas de estímulo à economia e maior confiança do setor empresarial. Entretanto, alertam para a necessidade de reformas estruturais e investimentos em qualificação profissional para manter a estabilidade do mercado de trabalho.
Para obter mais detalhes, acesse a fonte oficial do IBGE.


