As mudanças no Imposto de Renda (IR) passam a valer a partir de 2026, após sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As alterações impactam mais de 15 milhões de brasileiros, promovendo uma série de isenções e ajustes nas alíquotas, além de reforçar o combate às fake news sobre tributação.
Principais mudanças na tabela do Imposto de Renda
O governo federal aprovou uma série de medidas para ampliar a faixa de isenção e reduzir a carga tributária sobre os contribuintes de baixa renda. Quem recebe até R$ 5 mil mensais estará isento de pagar IR, uma conquista histórica que atende às promessas de campanha de Lula. Além disso, a alíquota para rendimentos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 será reduzida.
Aumento da faixa de isenção
Desde maio de 2025, quem recebe até R$ 3.036 por mês, considerando um desconto simplificado de R$ 607,20, já não paga IR. Com a nova legislação, essa faixa será ampliada para quem recebe até R$ 5 mil mensais, beneficiando especialmente trabalhadores de baixa renda. Segundo a Receita Federal, essa mudança é legal e não representa aumento na tributação de quem ganha até esse limite.
Esclarecimento sobre fake news
Perguntados sobre uma suposta proposta de taxação de 27,5% para movimentações financeiras acima de R$ 5 mil, a Receita Federal afirmou que a informação é falsa. A entidade explica que não há previsão de tributação nesse patamar, reforçando que as notícias disseminadas nas redes sociais não condizem com a realidade das novas regras.
Regras para quem movimenta mais de R$ 5 mil
De acordo com as novas normas, movimentações financeiras superiores a R$ 5 mil não serão tributadas, ao contrário do que circulou em rumores. A Receita Federal reforça que essas informações são infundadas e que a fiscalização continuará a seguir os procedimentos já estabelecidos na legislação vigente.
Tributação para altas rendas e compensação de perdas
Para compensar a perda estimada em R$ 31,2 bilhões na arrecadação com a ampliação da faixa de isenção, foi criado um imposto mínimo sobre contribuintes de alta renda. Pessoas com rendimento acima de R$ 600 mil anuais, ou R$ 50 mil por mês, passarão a pagar uma alíquota máxima de 10%, com previsão de arrecadação adicional de R$ 34,1 bilhões em 2026.
Estão incluídos nesse grupo os contribuintes que recebem mais de R$ 1,2 milhão ao ano, sujeitos ao imposto mínimo. A expectativa é que aproximadamente 141 mil pessoas paguem esse valor, contribuindo para equilibrar as contas públicas.
Impactos e perspectivas futuras
As mudanças devem facilitar a rotina dos contribuintes que têm baixa renda e reforçar a tributação dos mais ricos, conforme as metas fiscais do governo. Além disso, o ajuste na tabela de IR busca promover maior justiça fiscal e reduzir a desigualdade de renda no Brasil.
Para entender melhor as novas regras e quanto cada contribuinte poderá deixar de pagar, a Receita disponibiliza uma calculadora online.


