Estamos às portas do encerramento do Ano Jubilar, um período que nos convida a reacender a esperança e a consciência de que somos peregrinos caminhando rumo à nossa pátria celeste. As palavras de Jesus nos lembram que o céu é o Santuário para o qual todos nós nos dirigimos, refletindo sobre a passagem bíblica de São João que afirma: “Na casa do meu Pai há muitas moradas” (Jo 14,1-2).
A esperança como pilar da nossa jornada
Segundo Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo da Diocese de Macapá (AP), o papel da esperança em nossas vidas é inestimável. Ela nos motiva, nos conforta e nos encoraja a olhar para o futuro com otimismo. Sabe-se que “a esperança não causa decepção porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações” (Rm 5,5). Essa expectativa nos ensina a resiliência diante das dificuldades e a certeza de que “os sofrimentos do tempo presente não se comparam com a glória futura” (Rm 8,18).
O Ano Jubilar, mais do que um tempo de celebrações litúrgicas, foi um espaço para a prática da esperança viva. Ela se manifestou através de atos de caridade, solidariedade, e promoção da paz e justiça. A esperança não é algo vazio; é um convite à construção de um mundo melhor.
Portas abertas para a fraternidade e a acolhida
Um dos símbolos mais significativos do Ano Jubilar é a “Porta Santa”. Neste Jubileu de 2025, o Papa Francisco decidiu que as Portas Santas fossem abertas apenas em Roma. Entretanto, a mensagem é clara: devemos manter abertas as portas do coração e da mente, permitindo-nos experimentar a caridade e a fraternidade. O discípulo de Jesus está sempre convidado à prática do amor e à abertura para com o próximo, mantendo as portas dos nossos templos e paróquias sempre acessíveis.
Aprofundando a reflexão sobre a esperança
Ao longo do ano, diversos eventos abordaram a virtude da esperança, proporcionando momentos de reflexão sobre a crença e a confiança em dias melhores. Num mundo onde a falta de esperança é percebida por meio de sentimentos de pessimismo e desespero, fomos desafiados a cultivar a alegria, a coragem e a resiliência. A esperança, então, se torna uma força transformadora, que nos dá ânimo e disposição para enfrentar os desafios cotidianos.
Fortalecendo a unidade das virtudes teologais
Concluindo o Ano Jubilar, Dom Antônio destaca que a relação entre fé, esperança e amor é fundamental para a jornada do cristão. A Igreja espera que essa relação se torne ainda mais forte em nossos corações. A fé gera esperança, e essa esperança se manifesta por meio do amor. Esse dinamismo é essencial para que vivamos de acordo com os preceitos do Reino de Deus.
Compromisso com a fraternidade
O encerramento do Ano Jubilar não significa o fim dos compromissos assumidos. É um convite à reflexão sobre como renovar a vivência da fraternidade. O perdão e a promoção da justiça são fundamentais para a construção de uma comunidade mais unida. A prática diária da reconciliação deve ser encarada como uma prioridade entre os fiéis, reforçando os laços de solidariedade entre todos.
Renovação do amor à Igreja
O ano jubilar também trouxe à tona a importância da renovação da vida eclesial. Compromissos como a comunhão, participação e sinodalidade foram destacados, e a expectativa é que, ao final deste período, cada fiel tenha se tornado mais consciente de seu papel dentro da Igreja. A missão de todos nós é ser agentes de transformação, levando a mensagem de esperança e paz a todos os cantos da sociedade.
Embora o Ano Jubilar esteja encerrando, o desafio de alimentar a santidade e promover ações concretas em prol do bem comum permanece. Somos chamados a continuar testemunhando nossa fé por meio de atitudes amorosas em todas as esferas da vida: na família, no trabalho e na comunidade. A santidade deve ser um compromisso diário, construído por meio de boas obras e do amor ao próximo.
Assim, caríssimos irmãos e irmãs, que possamos nos levar as lições aprendidas durante esse ano jubilar e seguir em frente, com esperança renovada. Que nossas portas estejam sempre abertas, não apenas as físicas, mas também as do coração e da mente, para que possamos ser um testemunho vivo do amor de Deus na vida de cada um.
Para ler mais, acesse este link.

