Brasil, 30 de dezembro de 2025
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Polícia Federal ouve depoimentos de envolvidos no caso Banco Master nesta terça-feira

A Polícia Federal realizará nesta terça-feira os depoimentos de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB, e Ailton de Aquino Santos, diretor de Fiscalização do Banco Central. Os depoimentos ocorrerão a partir das 14h, podendo ser realizados por videoconferência, e serão decisivos para o encaminhamento do caso, incluindo a possibilidade de uma acareação entre as partes.

Investigações sobre fraudes e operações do Banco Master

As oitivas acontecem em meio a uma série de investigações que envolvem o Banco Master, que tem sido alvo de suspeitas relacionadas a operações fraudulentas que atingiram a casa de R$ 12 bilhões. O caso, que ganhou destaque após a tentativa de venda do banco ao BRB e a prisão de Vorcaro, está sendo conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após determinação do ministro Dias Toffoli.

Decisão de acareação e movimentação no STF

A acareação, que busca confrontar versões dos envolvidos, foi inicialmente determinada pelo próprio Toffoli, de forma autônoma, sem pedido formal das partes. Após críticas, a Polícia Federal foi chamada a decidir se o confronto será realizado, uma decisão que será acompanhada por um juiz auxiliar do próprio ministro.

Contexto e resistência interna na fiscalização e no Banco Central

O ministro Toffoli afirmou que Ailton de Aquino Santos, diretor de Fiscalização do Banco Central, não é investigado, embora o inquérito знакомatemente tange a atuação da autoridade reguladora. Internamente, Aquino foi considerado um aliado do Banco Master, o que gerou resistência de sua parte em relação à liquidação do banco, decidida pelo Banco Central após alertas de risco de liquidez e suspeitas de fraudes.

Resistência à liquidação e evidências de alertas

A decisão de liquidar o Banco Master foi unânime na diretoria colegiada do BC, incluindo o voto do então presidente Gabriel Galípolo, mas contou com forte resistência de Aquino. Segundo informações obtidas, havia 38 alertas oficiais sobre riscos de liquidez e fraudes, muitos direcionados a Aquino, que minimizava os problemas. Essa resistência internal no BC foi um dos fatores que agravaram a crise.

Implicações e próximos passos na investigação

O procedimento em andamento visa esclarecer a tentativa de venda do banco pelo proprietário ao BRB, além de detalhar as operações fraudulentas que envolveram empréstimos de R$ 12,2 bilhões, realizados até antes da fusão entre o BRB e o Master. A expectativa é que os depoimentos ajudem a esclarecer a atuação de cada um no caso e deflagrem possíveis ações administrativas e judiciais futuras.

Fonte: O Globo

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