No último sábado (27/12), a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) deu início às investigações sobre um violento episódio envolvendo um casal de turistas agredido por comerciantes em Porto de Galinhas. O caso ganhou repercussão nacional e já resultou na identificação e indiciamento de 14 suspeitos. A informação foi confirmada pela própria polícia, que está monitorando as oitivas e coletando depoimentos de testemunhas presentes na cena do crime.
Panorama da agressão e ações imediatas
Durante uma confusão relacionada ao pagamento de barracas e cadeiras na praia, o casal – Johnny Andrade, um personal trainer do Mato Grosso, e seu parceiro, Cleiton Zanatta – se viu em uma situação de extrema violência. Após questionarem sobre a discrepância nos preços cobrados, acabaram agredidos por os comerciantes locais. De acordo com os relatos, o valor final quase dobrou em relação ao preço inicialmente combinado, gerando revolta e mal-entendidos que culminaram em agressões físicas.
“Precisamos de proteção e de um ambiente seguro para disfrutarmos a praia. Não esperávamos enfrentar uma situação assim aqui”, comentou Johnny, visivelmente abalado pelo ocorrido.
Pós-agressão, o casal afirmou que tentou buscar ajuda das autoridades locais, mas não encontrou policiais disponíveis no momento. Isso intensificou ainda mais o sentimento de insegurança que se instala não apenas entre os turistas, mas também para todos que frequentam a região.
Reunião entre autoridades para prevenção de novas agressões
A Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco organizou uma reunião com representantes das esferas estaduais e municipais para discutir o caso e desenvolver estratégias que evitem incidentes semelhantes no futuro. “É essencial que medidas sejam alinhadas para garantir a segurança dos turistas e coibir práticas abusivas de comerciantes locais”, afirmou a delegada-geral adjunta da PCPE, Beatriz Leite.
“As investigações estão em andamento com apoio dos órgãos competentes para punir os responsáveis e restabelecer a confiança dos turistas em nosso estado”, continuou Beatriz.
Ações planejadas para prevenção
Dentre as ações discutidas na reunião, a polícia anunciou um conjunto de medidas que inclui: o cadastramento e fiscalização rigorosa dos barraqueiros, combate ao abuso de flanelinhas, e a ampliação do efetivo policial nas praias. Também está nos planos aumentar a atuação integrada entre a Polícia Militar, a Guarda Municipal e o Procon, visando a proteção dos consumidores e a repressão a práticas ilícitas.
A Secretaria de Defesa Social se comprometeu a controlar o comércio na orla, estabelecendo normas claras para a atividade dos barraqueiros. A ideia é criar um ambiente onde os turistas possam se sentir seguros e valorizados, sem medo de serem alvo de exploração ou agressões.
Implicações legais do ocorrido
Após o violento confronto, Johnny e Cleiton decidiram processar tanto a prefeitura como o estado de Pernambuco, por não garantirem a segurança adequada aos visitantes. “Vamos lutar para que isso não aconteça novamente. É inaceitável que turistas sejam tratados dessa forma”, afirmou Cleiton.
A PCPE garantiu que aumentará a presença policial nas praias, especialmente durante altas temporadas, para coibir quaisquer transgressões e proteger os direitos dos cidadãos.
O impacto na imagem de Porto de Galinhas
O incidente também levanta questões sobre a imagem de Porto de Galinhas como um destino turístico seguro e atrativo. A Prefeitura de Ipojuca prometeu ações imediatas para mudar a percepção negativa gerada pelo ocorrido e reestabelecer a confiança do público.
Turistas que desejam visitar Porto de Galinhas devem ser informados sobre seus direitos e a importância de reportar qualquer comportamento inadequado às autoridades. “A promoção do turismo deve andar lado a lado com a segurança. Todos devem se sentir protegidos e respeitados”, conclui Johnny.
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As operações de segurança e reforços nas praias são esforços que refletem a prioridade da administração pública em garantir um ambiente seguro para todos os frequentadores em Porto de Galinhas.
