Na manhã desta terça-feira, 30 de dezembro, o corpo de uma mulher foi encontrado na Estrada do Coelho, no bairro Candoza, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O caso foi rapidamente classificado como feminicídio pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), devido às circunstâncias brutais da morte.
Detalhes do caso
A vítima, identificada como Cíntia Barcelos Peres, apresentava sinais evidentes de violência. Relatos de familiares indicam que ela foi torturada e amarrada pelo agressor. A irmã de Cíntia descreveu a cena horrível que encontrou ao abrir a porta do quarto: “Quando abri a porta, o corpo da minha irmã estava estirado no chão. Amarrada, de calcinha, cheia de bolhas, porque ele torturou a minha irmã. Ele matou minha irmã para pegar o dinheiro dela, pois ela tinha uma quantia significativa na conta”, declarou, visivelmente em choque.
Além do dinheiro, o agressor teria roubado a moto, o celular e o notebook de Cíntia, acrescentando ainda mais crueldade ao crime. As informações iniciais levantadas pela Polícia Militar indicam que equipes do 7º BPM foram acionadas para verificar a ocorrência e ao chegarem ao local, encontraram Cíntia já sem vida.
Investigação em andamento
A Polícia Civil, por meio de uma nota oficial, confirmou que uma perícia foi realizada no local do crime e que as diligências estão em andamento para esclarecer as circunstâncias da morte e identificar o autor do crime. A comunidade local está em estado de choque com o ocorrido, ressaltando a necessidade de discussões mais profundas sobre a violência contra a mulher, especialmente em tempos onde casos de feminicídios têm se tornado cada vez mais frequentes.
O enterro de Cíntia está marcado para esta quarta-feira, 31, no cemitério do Maruí, em Niterói, onde familiares e amigos deverão comparecer para prestar suas últimas homenagens a uma vida que foi tragicamente interrompida.
Reflexão sobre a violência contra a mulher
Esse caso levanta questões alarmantes sobre a segurança das mulheres no Brasil. Com uma taxa crescente de feminicídios, é fundamental que a sociedade se mobilize em busca de soluções e prevenções efetivas. Eventos como este ressaltam a urgência de campanhas educativas e a implementação de políticas públicas que visem não apenas punir os agressores, mas também proteger as potenciais vítimas, oferecendo recursos como apoio psicológico, abrigo e assistência jurídica.
Assim, é necessário que todos nós, enquanto sociedade, busquemos formas de orientar e educar sobre o respeito e a igualdade de gênero, a fim de reduzir a violência e proteger nossas mulheres. A morte de Cíntia é uma tragédia que, infelizmente, se repete em diversos lares brasileiros, e seu legado deve ser de mudança e consciência.
Enquanto as investigações avançam, a esperança é que a justiça seja feita e que o autor desse crime hediondo seja encontrado e responsabilizado. É preciso que cada caso como o de Cíntia seja uma chamada à ação, não apenas para as autoridades, mas para todos nós, cidadãos que almejam um mundo mais seguro e justo.
