O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta terça-feira (30) que 2026 pode ser um ano favorável para a aprovação pelo Congresso Nacional da redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas e o fim da escala 6×1, utilizada por muitos setores.
Perspectivas para a redução da jornada em 2026
Durante coletiva de imprensa para divulgar dados de empregos formais gerados em novembro, Marinho destacou que a mobilização social e o ambiente de eleição podem impulsionar o tema no Congresso. Segundo o ministro, “a jornada de trabalho, até por ser um ano eleitoral, talvez até facilite [a aprovação], em vez de dificultar.”
Ele comparou a discussão atual com a aprovação recente da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, que passou por unanimidade nas duas casas legislativas. “Aquele debate foi fortalecido pelas ruas, por uma pressão popular. Uma mesma lógica pode acontecer na redução da jornada,” afirmou Marinho.
Economia madura para suportar a mudança
De acordo com o ministro, a economia brasileira está suficientemente madura para absorver a redução da jornada máxima de trabalho. Ele reforçou que é possível diminuir de 44 para 40 horas semanais e buscar melhores condições para eliminar a escala 6×1, que é bastante questionada por jovens trabalhadores.
“A negociação entre sindicatos e empresas será fundamental para implementar mudanças em setores que demandam funcionamento 7 dias por semana, sem prejudicar as atividades,” acrescentou Marinho, destacando a importância do diálogo social nesse processo.
Discussões legislativas em andamento
Atualmente, diferentes projetos tramitam na Câmara e no Senado. Na Câmara, uma comissão especial aprovou a redução gradual da jornada de 44 para 40 horas, mas rejeitou a extinção da escala 6×1. Já no Senado, a CCJ aprovou o fim da escala de seis dias com um de descanso (6×1) e a redução da jornada para 36 horas semanais, sem redução salarial.
O assunto ainda será avaliado pelo plenário do Senado no próximo ano. O ministro do Trabalho acredita que o debate no Congresso seguir favorável à modernização das condições de trabalho no Brasil.
Impactos futuros e necessidade de diálogo
Luiz Marinho destacou que o avanço dessas propostas depende de uma mobilização equilibrada, sem “fla-flu” político, e que as medidas podem trazer benefícios para trabalhadores, empresas, a economia e o ambiente de trabalho.
Especialistas alertam para a importância de a sociedade manter o diálogo para garantir avanços que sejam sustentáveis e benéficos a todos os envolvidos nesse momento político de forte mobilização social.
Fonte: Agência Brasil


