Brasil, 30 de dezembro de 2025
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Gestão de Lula em 2025: promessas cumpridas e crises internas

O ano de 2025 foi decisivo para a administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que buscou consolidar sua imagem e atingir as metas estabelecidas durante sua campanha. Durante uma reunião com seus ministros em janeiro, Lula declarou que aquele seria o momento da “colheita”, enfatizando a expectativa de que as pastas apresentassem resultados concretos. Entretanto, o governo enfrentou desafios significativos, principalmente em relação ao Congresso e às tarifas impostas pelo governo Donald Trump, dos Estados Unidos, que impactaram as exportações brasileiras.

A troca no alto escalão: uma estratégia para a reeleição

Lula promoveu mudanças significativas em seu ministério, realizando um total de oito trocas de ministros. Essas alterações foram motivadas tanto por crises internas quanto por razões estratégicas para o fortalecimento da gestão. A principal mudança ocorreu na Secretaria de Comunicação Social, onde o marqueteiro Sidônio Palmeira assumiu o lugar do ministro Paulo Pimenta (PT-RS), buscando uma modernização da comunicação do governo e uma maior presença digital.

Outros ministérios também passaram por alterações, com a troca de Nísia Trindade por Alexandre Padilha (PT-SP) no Ministério da Saúde e a posse de Gleisi Hoffmann (PT-PR) nas Relações Institucionais. Essas mudanças visavam “arrumar a casa” para que as iniciativas relevantes, como o programa “Agora tem Especialistas”, pudessem avançar. O programa, parte do compromisso de Lula no setor da saúde, busca acabar com as filas de espera por procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS).

Compromissos cumpridos e novas leis

Além das modificações na equipe, a gestão Lula alcançou a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil, considerado um trunfo eleitoral para 2026. Essa medida, que entra em vigor em 2026, também traz descontos para quem recebe até R$ 7.350, além do aumento da tributação para os super-ricos que ganham mais de R$ 600 mil mensais.

Outro destaque foi a promessa cumprida de retirar o Brasil do Mapa da Fome, inicialmente prevista para 2030. Em julho de 2025, foi anunciado que o país superou a meta, reduzindo a taxa de subnutrição abaixo de 2,5% da população.

Tarifaço e tensões políticas

Os últimos meses de 2025 também foram momentos de crise, especialmente devido às tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, revelada em meio a uma disputa política, afetou severamente o comércio exterior. Contudo, um encontro produtivo entre Lula e Trump na Assembleia Geral da ONU, seguido de negociações bilaterais, resultou na revogação de tarifas sobre mais de 200 produtos em novembro de 2025, em um sinal de alívio nas relações comerciais.

Apesar dos progressos nas relações internacionais, desafios surgiram na esfera política nacional. O governo de Lula enfrentou tensões significativas com o Congresso, especialmente no que diz respeito ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A situação se agravou quando deputados derrubaram um decreto presidencial relacionado a esse imposto, o que representa um marco de tensão na relação Executivo-Legislativo.

Conflitos e avança na Câmara

Ao longo de 2025, a relação entre o Planalto e o Congresso se deteriorou, especialmente com a indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF), que não foi bem recebida entre os parlamentares. Apesar das dificuldades, Lula evitou críticas públicas ao Congresso, destacando a importância de manter um diálogo aberto com os líderes da Câmara e do Senado.

Agenda internacional e Cúpulas importantes

O ano foi também marcado por uma agenda internacional intensa, com o Brasil liderando eventos significativos, como a presidência do Brics e da COP30. Durante a Cúpula do Brics, temas cruciais como mudanças climáticas e cooperação em saúde foram discutidos. A COP30, realizada em Belém, controversa em alguns aspectos, foi um marco importante na discussão sobre a mitigação das mudanças climáticas e o financiamento de nações mais pobres.

O Brasil também assumiu a presidência pro tempore do Mercosul, abordando temas como comércio e questões climáticas, embora o acordo com a União Europeia tenha sido adiado devido a resistências de países europeus.

Com promessas cumpridas, crises políticas e uma agenda internacional ativa, o governo de Lula se prepara para o desafio das eleições de 2026, buscando garantir um futuro político estável em meio a tantas adversidades.

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