No último dia 25 de dezembro de 2025, dois detentos considerados de alta periculosidade conseguiram fugir da Unidade de Tratamento Penal de Cariri, localizada no sul do Tocantins. O incidente ocorreu em um presídio de segurança máxima, inaugurado em 2020 com um investimento de R$ 32 milhões, e levantou questões sérias sobre a segurança da unidade. Entre os fugitivos está Renan Barros da Silva, um condenado a 72 anos de prisão e tido pela polícia como um serial killer. Até o momento, os criminosos permanecem foragidos e as autoridades não medem esforços nas buscas.
A fuga e os envolvidos no crime
Os fugitivos foram identificados como Renan Barros da Silva, de 26 anos, e Gildásio Silva Assunção, de 47 anos. Ambos são aliados da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e representam um alto risco à sociedade. A fuga se deu de maneira audaciosa: os detentos conseguiram serrar as grades da cela e acessaram uma janela, utilizando uma corda artesanal confeccionada com lençóis para descerem do muro da unidade prisional.
Vídeos que circularam nas redes sociais mostram os criminosos pulando o muro, passando por uma concertina e cortando parte do alambrado nas proximidades de uma guarita. A ausência dos detentos foi notada apenas na manhã do dia seguinte, 26 de dezembro, revelando falhas nas rotinas de vigilância do presídio.
Histórico criminal dos fugitivos
Renan Barros da Silva
Renan, que foi condenado em 2023 por três homicídios qualificados e ocultação de cadáver, recebeu uma pena de 72 anos. O Ministério Público descreveu-o como alguém que cometeu os crimes apenas pelo “prazer repugnante de matar”. As três vítimas foram mortas enquanto andavam de moto pelas ruas, refletindo uma violência extrema e deliberada.
Gildásio Silva Assunção
Gildásio, por sua vez, possui um histórico criminoso que inclui quatro condenações por homicídio, totalizando 46 anos de pena. Sua associação ao PCC torna sua recaptura ainda mais urgente para a segurança pública.
Resposta das autoridades e segurança da unidade
A Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju) do Tocantins já instaurou um procedimento administrativo para investigar as falhas que levaram à fuga dos detentos e como materiais ilícitos conseguiram entrar na cela, visto que a tecnologia modular da unidade deveria impedir o acesso a ferramentas que poderiam facilitar uma evasão.
A segurança da Unidade de Tratamento Penal de Cariri foi reforçada imediatamente após o incidente. A estrutura do presídio é moderna, construída com um investimento significativo e com capacidade para 576 presos, mas a fuga abala a confiança no sistema. As autoridades estão agora focadas em evitar novas ocorrências e restaurar a ordem interna.
Buscas por Renan e Gildásio
Com mais de cinco dias desde a fuga, os dois fugitivos ainda não foram recapturados. As equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar estão realizando buscas intensivas na região sul do Tocantins, embora as autoridades não tenham fornecido detalhes específicos sobre as estratégias em andamento para garantir a segurança dos cidadãos e a recaptura dos criminosos.
A Secretaria de Segurança Pública informou que as investigações continuam e estão sendo tratadas como uma questão de prioridade. A população também é incentivada a colaborar: qualquer informação que possa levar à recaptura de Renan e Gildásio deve ser comunicada imediatamente às autoridades policiais. O sigilo é garantido para os denunciantes, que podem entrar em contato através dos números de emergência da Polícia Militar (190) ou da Polícia Civil (197).
Considerações finais
A fuga dos dois detentos expõe vulnerabilidades no sistema penitenciário do Tocantins, levantando debates sobre a eficácia das medidas de segurança em presídios considerados de máxima proteção. O caso seguirá em evidência, à medida que as autoridades intensificam suas operações de captura, reafirmando o compromisso de garantir a segurança da população e a responsabilidade pelos detentos perigosos que ainda estão em liberdade.


