Brasil, 30 de dezembro de 2025
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Execução brutal de mulher trans em Santo Estêvão levanta suspeitas

No último dia 21, a tragédia que abalou a cidade de Santo Estêvão, na Bahia, veio à tona com a execução brutal de uma mulher trans, conhecida como Paulinha do Paraguaçu, de 51 anos. O corpo foi encontrado com as mãos e boca amarradas, sinalizando um crime cruel que pode estar ligado a uma guerra de tráfico de drogas na região.

Criminosos e o tráfico na Bahia

De acordo com as informações da polícia, a vítima era oriunda da cidade vizinha, Rafael Jambeiro, onde residia e tinha vínculos com atividades ilícitas. Segundo o delegado Lázaro Leonardo, titular da Delegacia Territorial de Santo Estêvão, Paulinha era conhecida por sua atuação no tráfico de drogas, além de ser uma trabalhadora do sexo. “A nossa investigação aponta para o tráfico de drogas, pois a prostituição era uma das atividades da vítima. Ela também traficava, isso era de conhecimento em Rafael Jambeiro, e já foi presa em 2014 e 2017 por esse crime”, revelou o delegado.

A brutalidade do crime foi ainda mais acentuada pelo fato de que Paulinha foi atingida por 14 tiros de pistola ponto 40. A expressão “homicídio caro” foi utilizada pelo delegado para descrever a crueldade desse ato, que, segundo ele, sugere que os autores do crime tinham a intenção de enviar uma mensagem a outros envolvidos no mesmo meio. A ligação entre a execução e o tráfico de drogas é reforçada pelo modus operandi, frequentemente utilizado em disputas entre facções criminosas.

A luta por justiça e visibilidade

O caso de Paulinha do Paraguaçu não é um episódio isolado. A comunidade LGBTQIA+ no Brasil tem enfrentado uma onda de violência que atinge especialmente pessoas trans. A luta por direitos e visibilidade é um dos pilares que sustenta a resistência dessa comunidade, que, no entanto, ainda se vê refém da violência e do preconceito.

A brutalidade enfrentada por Paulinha traz à tona a necessidade urgente de investimento em políticas públicas que garantam a segurança e a dignidade das pessoas LGBTQIA+. A atuação do Estado em garantir proteção e justiça é imprescindível para prevenir que tragédias como essa voltem a ocorrer.

Repercussões e comoções

Com a repercussão do crime, movimentos sociais e ativistas têm se mobilizado para exigir justiça e planejar ações que ajudem a proteger a comunidade trans. Além da indignação, essas mobilizações buscam conscientizar a população sobre a realidade enfrentada por pessoas LGBTQIA+ no Brasil. “É preciso que as autoridades tomem medidas efetivas para proteger nossa comunidade e punir os culpados por crimes de ódio”, destaca uma ativista local.

Os casos de violência contra a população trans têm aumentado nos últimos anos, e a falta de ações efetivas por parte do poder público frequentemente alimenta essa situação alarmante. No Brasil, a violência contra pessoas trans e travestis é uma questão crítica e que pede uma resposta robusta e rápida do governo e da sociedade.

Reflexões finais

A execucão de Paulinha do Paraguaçu, infelizmente, é mais um triste capítulo na história de violência que a comunidade trans enfrenta. A esperança, agora, é que seu caso não seja esquecido e que sirva como um chamado à ação, não apenas para o governo, mas para toda a sociedade. “O preconceito é o verdadeiro inimigo. Se não mudarmos essa realidade, perderemos mais vidas”, lamenta um membro de uma ONG que atua em defesa dos direitos humanos.

Para mais detalhes sobre a investigação em andamento e as ações da comunidade LGBTQIA+, leia a reportagem completa no Correio 24 Horas, parceiro do Metrópoles.

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