O prefeito do Rio, Eduardo Paes, declarou nesta terça-feira que não haverá aumento na capacidade do Aeroporto Santos Dumont em 2024. A medida ocorre após a adoção de uma operação coordenada com o Galeão, visando impulsionar a retomada do aeroporto internacional, que será discutida em reunião com o governo federal na segunda semana de janeiro, em Brasília.
Críticas de Paes à limitação de passageiros do Santos Dumont
No último dia 21, Paes criticou a decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de manter a limitação de 6,5 milhões de passageiros no Santos Dumont, afirmando que a medida vai contra os esforços do governo federal para fortalecer o Galeão. “De jeito nenhum, ninguém vai fazer nada contra o aeroporto do Galeão”, afirmou o prefeito durante uma vistoria na Praia de Copacabana.
Na ocasião, ele também alertou que o presidente Lula salvou o Galeão com a decisão de aprovar a limitação de movimento de passageiros no Santos Dumont. Paes destacou que a decisão do presidente foi para garantir a força do aeroporto internacional do Rio.
Operação coordenada entre Galeão e Santos Dumont e futuro dos aeroportos
Desde o início de 2024, os dois aeroportos vêm sendo operados de forma coordenada, o que, segundo especialistas, foi fundamental para a retomada do Galeão, que registrou crescimento no volume de passageiros. De janeiro a outubro de 2025, o aeroporto internacional recebeu 14,6 milhões de viajantes, mais do que duplicando os números de dois anos atrás, com 6 milhões, segundo dados da concessionária RIOgaleão.
Paes também reforçou que articulou com o presidente Lula, que garantiu manter o Galeão como prioridade. “O presidente me ligou no domingo e disse que não vamos admitir a redução de capacidade do Galeão”, declarou Paes. Ele explicou que, apesar das discussões sobre o limite de passageiros no Santos Dumont, as medidas de expansão no Galeão seguirão uma revisão progressiva, com previsão de atingir 20 milhões de passageiros ao ano até 2028, conforme o cronograma elaborado pelo Ministério dos Portos e Aeroportos.
Impacto econômico e decisões futuras
O acordo recente revisou o contrato de concessão do Galeão, que seguirá na gestão da concessionária RIOgaleão até 2039, com mudanças na remuneração e uma possível construção de uma terceira pista, agora cancelada. A relicitação do terminal está prevista para março de 2026, com lance mínimo de R$ 932 milhões.
Entidades empresariais do Rio alertaram que elevar o limite de passageiros no Santos Dumont poderia impactar negativamente o turismo e a economia local, especialmente considerando o crescimento do fluxo aéreo. Paes afirmou que qualquer expansão será gradual, a partir do último trimestre de 2026, e que a prioridade é a manutenção do equilíbrio entre os aeroportos.
A discussão sobre essa política será aprofundada na reunião de janeiro, que reunirá representantes do governo federal e do município carioca, fortalecendo o alinhamento na gestão dos aeroportos da cidade.
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