Brasil, 30 de dezembro de 2025
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Dados do IBGE mostram recorde no emprego com carteira assinada no Brasil

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado do Brasil atingiu 39,4 milhões no último trimestre, uma evolução de 2,6% ou cerca de 1 milhão de pessoas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta terça-feira (30) pelo IBGE. Este é o maior resultado da série histórica.

Contingente recorde no setor público e privado

O crescimento ocorreu tanto no setor privado quanto no público. No setor público, o número de empregados alcançou 13,1 milhões, um avanço de 1,9% (mais 250 mil pessoas) no trimestre e 3,8% (mais 484 mil) no ano. Para Adriana Beringuy, coordenadora do IBGE, essa trajetória indica um movimento sustentado ao longo de 2024 e início de 2025, mesmo sem variação estatisticamente significativa a cada trimestre.

“Embora não significativa, sempre vem acrescentando carteira no cômputo geral, ou seja, é um movimento que foi sustentado ao longo de 2024 e agora para 2025”, afirmou Beringuy em entrevista virtual à imprensa.

Estabilidade no setor informal e aumento no trabalho por conta própria

O número de trabalhadores sem carteira assinada permaneceu estável em 13,6 milhões, uma queda de 3,4% ao longo do ano, ou seja, menos 486 mil pessoas nessa condição. Por outro lado, os empregadores por conta própria atingiram a marca inédita de 26 milhões, um aumento de 2,9% ou mais 734 mil pessoas no período, consolidando recorde na série da pesquisa.

“O trabalho por conta própria chega à marca inédita de 26 milhões, a maior estimativa da série histórica da pesquisa. A despeito da variação trimestral não ter ocorrido e ter ficado no campo da estabilidade, a expansão continuada assegurou o atingimento desse volume de trabalhadores por conta própria”, destacou Beringuy.

Redução na informalidade e melhora nos rendimentos

O recorde no número de trabalhadores com carteira assinada levou à redução da taxa de informalidade na população ocupada, que caiu de 38,0% para 37,7%, representando 38,8 milhões de trabalhadores informais no trimestre encerrado em novembro, ante 38,9 milhões no período anterior. A menor taxa desde 2012 reflete uma ligeira reversão na retração do setor informal.

“O ramo informal não apenas não cresceu como retraiu. Isso faz um movimento de perda de força do ramo informal”, analisou Adriana Beringuy. Ela destacou também que parte significativa do aumento de 601 mil ocupados ocorreu no segmento da administração pública, que cresceu 2,6% (mais 492 mil pessoas) e inclui setores como educação, saúde e serviços sociais, em regime legal e não considerado informal.

Quando agregados todos os empregos sem carteira, formais ou informais, o total se manteve praticamente estável em 38 milhões e 817 mil pessoas ocupadas. Além disso, o rendimento médio real habitual da população ocupada atingiu R$ 3.574, uma alta de 1,8% no trimestre e de 4,5% em relação ao mesmo trimestre de 2024, já descontada a inflação.

Rendimentos e massa de renda histórica

O crescimento do rendimento foi impulsionado sobretudo por atividades de Informação, Comunicação, Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, que registraram alta de 5,4%. Anualmente, houve ganhos também em setores como Agricultura (7,3%), Construção (6,7%), Administração pública (4,2%) e Serviços domésticos (5,5%).

A massa de rendimento habitual alcançou o recorde de R$ 363,7 bilhões, um incremento de 2,5% no trimestre e de 5,8% no acumulado do ano, representando aumento de aproximadamente R$ 9,0 bilhões e R$ 19,9 bilhões, respectivamente.

Perspectivas e contexto do mercado de trabalho

Segundo o IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua é a principal fonte de dados sobre a força de trabalho no Brasil. Ela abrange 211 mil domicílios, distribuídos em 3.500 municípios, com uma equipe de cerca de dois mil entrevistadores.

O mercado de trabalho brasileiro mantém uma trajetória de melhora desde junho de 2025, com uma taxa de desocupação em 5,2%, a menor desde o início da série histórica, em 2012, o que sinaliza um cenário de recuperação econômica e maior estabilidade na empregabilidade.

Para mais informações, acesse o fonte original.

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