Os Correios, mesmo enfrentando prejuízos financeiros contínuos, registraram um aumento expressivo na receita proveniente de produtos classificados como “outros” entre 2023 e 2025. Esses serviços abrangem logística, marketing, malote, conveniência e venda de chips de celulares, indicando uma diversificação na oferta da estatal.
Crescimento nos serviços diversificados dos Correios
De acordo com informações disponíveis na reportagem do G1, o segmento “outros” apresentou o maior aumento na receita da empresa, refletindo uma estratégia de diversificação diante das dificuldades financeiras. Serviços como venda de chips, logística de terceiros e soluções de marketing têm impulsionado esse crescimento.
“Apesar dos prejuízos recorrentes, os Correios têm conseguido ampliar sua participação em produtos não tradicionais, o que ajuda a equilibrar suas receitas,” explicou a analista de mercado Ana Paula Ribeiro. Esses serviços representam uma alternativa de receita que busca compensar a queda das atividades tradicionais, como o envio de cartas e encomendas comuns.
Desafios enfrentados pelos Correios
Mesmo com o aumento em certos segmentos, os Correios continuam enfrentando dificuldades financeiras. Segundo dados oficiais, a receita total cresceu modestamente, mas a operação ainda registra prejuízos que impactam sua sustentabilidade.
Especialistas indicam que a diversificação é uma estratégia importante, mas insuficiente se não vier acompanhada por reformas estruturais e modernização do modelo de negócios. “A demanda por serviços tradicionais diminuiu com a digitalização, forçando a estatal a buscar novas fontes de receita,” observou o economista Carlos Menezes.
Perspectivas futuras
Com a ampliação de serviços considerados “outros”, os Correios tentam recuperar-se economicamente e garantir seu papel no mercado de entregas e soluções logísticas, cada vez mais competitivo e adaptado às novas demandas do setor.
As ações para fortalecer esses segmentos podem potencializar o aumento nas receitas, porém, a busca por equilíbrio financeiro permanece como prioridade na estratégia de reestruturação da empresa estatal.

