Brasil, 30 de dezembro de 2025
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Correios: funcionários em greve devem compensar dias não trabalhados, decide TST

Na última terça-feira, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que os funcionários dos Correios em greve deverão compensar os dias não trabalhados ou ter esses dias descontados. Além disso, o tribunal determinou que a paralisação seja encerrada a partir de amanhã, sob pena de multa diária para as federações sindicais responsáveis.

Decisão sobre a greve dos Correios

Durante o julgamento, os ministros também afirmaram que a greve na estatal não é classificada como abusiva. A paralisação teve início após uma rodada de negociações sem avanço entre os sindicatos e a direção da empresa na sexta-feira passada. Emmanuel Rondon, presidente dos Correios, destacou que as assembleias não aprovaram um novo acordo, e que a própria empresa não consegue avançar além dos termos já discutidos.

Medidas judiciais e garantias de efetivo mínimo

Na última quinta-feira, o presidente do TST reiterou a decisão anterior de manter pelo menos 80% do efetivo operando em cada agência, sob pena de multa diária de R$ 100 mil às federações sindicais que ou descumprissem a determinação.

“O dissídio foi acionado para garantir a força de trabalho necessária, preservando 80% do efetivo e impondo multa em caso de descumprimento”, explicou Rondon.

Impactos na entrega de encomendas e crise na estatal

A paralisação de funcionários, especialmente em centros urbanos como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, aumentou significativamente os atrasos nas entregas. O índice de entregas no prazo, que já vinha caindo ao longo do ano por dificuldades financeiras e dívidas com fornecedores, agravou-se com a greve, levando consumidores a procurar serviços de transportadoras privadas.

De acordo com fontes que solicitaram anonimato, a média de entregas no prazo pelo Correios está abaixo de 70% no país, variando entre 50% e 70% em regiões diferentes, indicando que pelo menos 30% dos envios estão atrasados neste mês — os piores níveis do ano.

Reestruturação e plano de corte

Em meio à crise financeira, a diretoria dos Correios apresentou, na segunda-feira, um plano de reestruturação que inclui o fechamento de mil agências deficitárias — aproximadamente 20% do total — e a realização de um plano de demissão voluntária que pode atingir até 15 mil funcionários.

Ações judiciais e continuidade da operação durante a greve

Em 18 de dezembro, a ministra Kátia Magalhães Arruda atendeu parcialmente pedido dos Correios, determinando que a greve fosse limitada a 80% do efetivo em cada unidade, além de garantir o livre trânsito de pessoas, cargas e bens postais. Em caso de descumprimento, foi prevista multa de R$ 100 mil por sindicato.

Além disso, uma liminar do dia 25 de dezembro, emitida pelo presidente do TST, ministro Vieira de Mello Filho, manteve o funcionamento mínimo da empresa durante a greve, sob pena de multas por descumprimento.

O atual impasse evidencia os desafios enfrentados pela estatal, já agravados pela crise financeira e pela necessidade de reestruturação, que impactam diretamente na qualidade do serviço e na satisfação dos consumidores.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa.

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