Brasil, 30 de dezembro de 2025
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Câmeras registram ataque que terminou em feminicídio em Bauru

Na tarde de sexta-feira (26), um crime brutal chocou a cidade de Bauru, em São Paulo, quando Marcelly Thomaz Pinto, de 35 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro, Adriano Nascimento. As câmeras de segurança locais registraram os momentos trágicos que antecederam o feminicídio, revelando detalhes angustiantes e mostrando a tentativa do filho do casal, de apenas 8 anos, de impedir a violência.

Momentos de terror registrados em vídeo

As imagens mostram Marcelly chegando a uma residência no bairro Vila Nova Cidade Universitária, acompanhada de seu filho. O ex-companheiro, que estava escondido atrás de um carro, inicia a agressão assim que a mulher desembarca. O vídeo revela uma sequência de agressões, durante as quais a criança tenta proteger a mãe. Infelizmente, ele não conseguiu evitar o pior: Adriano arrastou Marcelly para a rua, onde a matou com dois tiros à queima-roupa, enquanto o menino assistia impotente.

Esse ato de violência não é um caso isolado. Marcelly já havia registrado queixas contra Adriano, com quem manteve um relacionamento por mais de oito anos. A situação se agravou após ela decidir terminar a relação ao descobrir uma traição. Desde então, enfrentou ameaças constantes, levando-a a mudar de residência duas vezes em um curto período, em busca de segurança e proteção.

A resposta rápida da polícia

Após o crime, Adriano fugiu com o filho, mas o menino foi encontrado mais tarde com familiares. O suspeito foi preso ainda na mesma sexta-feira, no bairro Vila Industrial. Sua prisão em flagrante foi convertida em preventiva após uma audiência de custódia, destacando a urgência e gravidade da situação. Além disso, a atual companheira de Adriano, Eulorria Iara Palácio, de 46 anos, também foi detida. A polícia afirma que ela foi abordada enquanto tentava esconder a arma usada no crime, um revólver calibre 38, que foi encontrado em sua posse.

Um histórico de violência

Os dados reveladores do caso de Marcelly não se limitam apenas ao evento trágico. A vítima já tinha uma medida protetiva contra Adriano, o que demonstra a gravidade das ameaças que ela enfrentou ao longo de seu relacionamento. Relatos de familiares indicam que ela havia sofrido agressões anteriores, levando a se sentir presa em um ciclo de violência. Um parente revelou que Marcelly tinha, inclusive, o maxilar quebrado em uma das agressões cometidas pelo ex-companheiro.

A situação de mulheres que enfrentam abusos de ex-parceiros muitas vezes é negligenciada, e as medidas de proteção nem sempre garantem a segurança necessária. O caso de Marcelly Thomaz Pinto destaca a urgência de um debate mais amplo sobre feminicídios e a necessidade de um apoio efetivo às vítimas.

As consequências do feminicídio

O corpo de Marcelly foi velado e enterrado no sábado (27) em Bauru, em meio à dor e ao clamor de amigos e familiares que enfrentaram a perda prematura de uma vida cheia de potencial e sonhos. O crime ocorreu na Rua São Gonçalo, na Vila Universitária, e deixou a comunidade em choque, levantando questões sobre a segurança das mulheres e a necessidade de políticas públicas mais efetivas contra a violência doméstica.

A resposta da sociedade a esse tipo de crime é fundamental para evitar que tragédias semelhantes se repitam. É imprescindível que todos nós, como sociedade, tomemos uma posição contra a violência de gênero e apoiemos iniciativas que visem a proteção e o empoderamento das mulheres.

O caso de Bauru não deve ser apenas uma notícia; ele deve ser um chamado à ação. É hora de unir forças para garantir que o grito de socorro de mulheres como Marcelly não seja ignorado e que ações concretas sejam tomadas para combater a cultura da violência.

Para acompanhar mais notícias sobre este e outros casos em Bauru, você pode se inscrever no canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp.

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