Em 2025, o governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, utilizou de forma não autorizada diversas músicas de artistas conhecidos em vídeos e campanhas nas redes sociais. Essas ações geraram forte repercussão e reação dos próprios artistas, que denunciaram a violação de direitos autorais e a distorção do significado de suas obras.
Reações de artistas a campanhas polêmicas do governo Trump
Jess Glynne condena uso de sua música em anúncio de deportação
Em julho, o White House compartilhou um vídeo promovendo ações de ICE ao som de Hold My Hand, de Jess Glynne, com uma frase satírica sobre um pacote de viagens. A cantora britânica protestou publicamente: “Minha música fala de amor e união, nunca de divisão ou ódio”.
Joey Valence & Brae denunciam uso indevido de “Punk Tactics”
No início de dezembro, o Departamento de Segurança Interna publicou um vídeo de recrutamento do ICE usando a faixa Punk Tactics. Joey Valence afirmou, em rede social, estar “disgusted” com o uso não autorizado, reforçando que a banda não aprova a utilização de sua música para promover ações de imigração. “Estamos trabalhando para que o vídeo seja removido”, declarou.
Kenny Loggins pede remoção de trecho de “Danger Zone”
Ao tomar conhecimento do uso da sua canção na programação oficial, Loggins pediu oficialmente ao governo que retire a faixa. “Ninguém me pediu permissão, e não concederia”, afirmou ao NPR. Ele destacou a importância de a música ser símbolo de união, não de divisão.
MGMT e a denúncia contra uso em vídeo de imigração
O grupo de rock michou a utilização de Little Dark Age em campanha de captura e prisão de imigrantes, em outubro. Posteriormente, solicitaram formalmente a retirada da música, criticando a distorção do significado original da canção.
Olivia Rodrigo e Sabrina Carpenter reagem a campanhas de deportação
Em novembro, Olivia Rodrigo condenou o uso de All American Bitch em vídeos de propaganda, chamando de “racista e odiosa”. Já Sabrina Carpenter foi comparada a uma deportadora na postagem que usava sua música Juno; ela classificou a ação como “evil e repugnante”. A representante de Sabrina respondeu com comentários polêmicos, reforçando o discurso governamental.
Semisonic e a crítica ao uso de “Closing Time”
Em março, o grupo Semisonic protestou contra a utilização da música em um vídeo de combate à imigração, afirmando que a canção representa esperança, e não violência. “Não autorizamos nem apoiamos esse uso”, disse a banda nas redes sociais.
Outras controvérsias envolvendo artistas e o governo
Em dezembro, a White House compartilhou vídeos com trechos de músicas de SZA, Keke Palmer e outros artistas, usando letras em contextos de imigração, o que levou a expressões de repúdio público pelos próprios músicos. SZA chamou atenção para a “prática de manipular artistas para promover agendas políticas”.
Casos de sátiras e sátiras falsas
Além disso, o Departamento de Justiça e figuras como Pete Hegseth publicaram versões fraudulentas de livrinhos infantis, atribuindo temas políticos, o que gerou forte condenação de editoras e artistas envolvidos na produção original de histórias como a do Franklin, o Tartaruga.
Impacto e o debate sobre direitos autorais
A onda de reações evidencia a crescente preocupação de artistas com o uso indevido de suas obras para fins políticos e propagandísticos. Muitos destacam que a manipulação viola princípios básicos de direitos autorais e de liberdade artística, além de distorcer mensagens e valores transmitidos na sua produção.
O episódio reforça a importância de a sociedade civil e a comunidade artística ficarem atentos ao uso de suas criações em campanhas que podem conflitar com suas posições pessoais ou valores.
O que você acha dessa prática de governos usarem músicas de artistas sem autorização? Compartilhe sua opinião nos comentários.

