Brasil, 29 de dezembro de 2025
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Tesouro avalia operação dos Correios como bem-sucedida e aposta na continuidade

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta segunda-feira (29) que a operação de reestruturação dos Correios foi “muito bem-sucedida” na primeira fase, e que o governo vai acompanhar o processo de perto para garantir a recuperação da sustentabilidade da estatal. Ceron destacou a economia de R$ 5 bilhões em juros graças às negociações realizadas até o momento.

Operação e perspectiva de continuidade na reestruturação dos Correios

Segundo ele, a primeira etapa, marcada pela renegociação de operações de curto prazo, já foi concluída, com o Tesouro atuando firmemente na definição das condições financeiras. “A atuação do Tesouro ajudou a conseguir uma operação que ficou dentro de um limite de juros, o que gerou uma economia relevante”, afirmou.

O secretário revelou que o próximo passo será monitorar de forma contínua o processo, para que a estatal possa avançar em sua recuperação econômica e financeira. “Vamos acompanhar de perto para assegurar que a estrutura se mantenha sólida e que a empresa possa retomar sua sustentabilidade”, afirmou Ceron.

Empréstimo de até R$ 12 bilhões e condições negociadas

Recentemente, o Tesouro aprovou um empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios, destinado à reestruturação econômico-financeira da estatal. Apesar do valor total autorizado, o limite de uso em 2025 será de até R$ 5,8 bilhões, compatível com o déficit primário estimado para o ano.

De acordo com Ceron, a operação financeira tem prazo de 15 anos, com três anos de carência, e juros equivalentes a 115% do CDI, taxa de referência próxima à Selic. A taxa ficou abaixo do limite padrão de 120% do CDI estabelecido pelo Tesouro em operações com garantia da União.

Plano de reestruturação e possíveis mudanças societárias

Nesta segunda-feira, o presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, anunciou um plano de reestruturação que prevê a mudança do regime societário da estatal, incluindo a possibilidade de abertura de capital. Assim, os Correios, atualmente 100% públicos, podem se transformar em uma empresa de economia mista, semelhante à Petrobras e ao Banco do Brasil, com participação de acionistas privados.

O plano também prevê o fechamento de mil agências próprias, cortes de despesas de R$ 5 bilhões até 2028, venda de imóveis e implementação de dois planos de demissão voluntária (PDVs), com a meta de reduzir o quadro de funcionários em 15 mil até 2027.

Regulamentação e apoio financeiro sem dependência

Ceron explicou que há previsão normativa específica para empresas em processos de reestruturação e que, nesse contexto, eventuais aportes do governo não caracterizam dependência financeira. “Há um decreto que trata desse modelo de empresas em reestruturação financeira, e eles preveem, de fato, até 2027, algum aporte ou suporte adicional”, afirmou.

Perspectivas futuras e acompanhamento do processo

O secretário destacou que o governo continuará acompanhando de perto as ações dos Correios ao longo do processo. “Estamos atentos à evolução da reestruturação, fazendo cooperação contínua para que a estatal retome a sustentabilidade”, concluiu Ceron.

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