A partir do dia 6 de janeiro, os usuários de transporte público na cidade de São Paulo vão pagar R$ 5,30 por passagem de ônibus, um aumento de 6% em relação ao valor atual de R$ 5, informado pela prefeitura nesta segunda-feira (29). O reajuste entra em vigor na próxima terça-feira, conforme confirmação oficial.
Análise do reajuste na tarifa de ônibus em São Paulo
O percentual de 6% ultrapassa a inflação oficial registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apresentou variação de 4,46% em 12 meses, até novembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, a atualização ficou abaixo do Índice de Preços ao Consumidor do Transporte Coletivo (IPC-Fipe Transporte Coletivo), que indicou uma variação de 6,5% no mesmo período.
Justificativas da prefeitura para o aumento
De acordo com nota oficial, a prefeitura explicou que, durante a gestão do prefeito Ricardo Nunes, a tarifa permaneceu em R$ 4,40 por cinco anos. Entre 2020 e 2025, houve uma única reajuste de 13,6%, que elevou o valor para R$ 5, atualmente. Nesse período, a inflação acumulada foi de 40,31%. A administração municipal destacou que a correção para R$ 5,30 representa menos da metade do valor inflacionário do período.
Ainda segundo a prefeitura, sem o subsídio concedido às empresas de ônibus, o valor da tarifa deveria ser de aproximadamente R$ 11,78. Assim, o subsídio ajuda a manter a tarifa abaixo do valor de mercado, beneficiando os passageiros.
Informações sobre créditos e validade dos bilhetes
A empresa responsável pelo transporte na cidade, a SPTrans, informou que os créditos dos bilhetes adquiridos até as 23h59 do dia 5 de janeiro, que custaram R$ 5, terão validade de 180 dias. Após esse período, o valor será debitado automaticamente de R$ 5 para R$ 5,30. Atualmente, o limite de recarga é de 200 tarifas no vale-transporte e 100 tarifas no Bilhete Único Comum.
Impactos e expectativas
Especialistas apontam que o reajuste é moderado, considerando o contexto inflacionário, e justificam a decisão pela necessidade de equilibrar o custeio do transporte público com o impacto na população. A expectativa é que o aumento não prejudique significativamente a utilização do serviço, especialmente devido à manutenção do subsídio municipal.
A prefeitura reforça o compromisso de continuar investindo na melhoria do sistema de transporte e na manutenção de tarifas acessíveis para os moradores de São Paulo. Novos ajustes poderão ser discutidos ao longo do próximo ano, conforme a evolução dos custos e das receitas do sistema.


