O mercado financeiro reduziu novamente as estimativas de inflação para 2025, pela sétima semana consecutiva, mostrando otimismo moderado com a trajetória econômica do Brasil. Segundo o último Boletim Focus do ano, a projeção do IPCA foi ajustada para 4,32%, contra 4,33% na semana anterior, enquanto para 2026, a expectativa caiu de 4,06% para 4,05%. Essas previsões estão abaixo das estimativas do Banco Central, que apontava 4,96% para 2024 e 4,01% para 2025 em dezembro de 2024.
Inflação mais amena e perspectivas de crescimento econômico
Apesar da desaceleração da inflação, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi revisado para cima, de 2,01% para 2,26%, nas últimas quatro semanas. Para 2026, a previsão permanece em 1,80%, o que indica um cenário de leve recuperação econômica. Além disso, a cotação do dólar encerrou o ano em R$ 5,44, um valor bastante abaixo do esperado de R$ 5,96, refletindo uma melhora nas perspectivas cambiais.
Perspectivas para a taxa de juros e câmbio
A taxa Selic, que era estimada em 14,75% ao final de 2024, fechou o ano em 15%, indicando aumento na projeção de juros básicos. Para 2026, a previsão de juros também foi revisada para cima, de 12% para 12,25%. A expectativa de que a moeda sirva fechar 2026 em torno de R$ 5,50 demonstra uma estabilidade relativa na inflação cambial, com o valor atual do dólar mais próximo à expectativa de final de ano do mercado.
Contexto político e riscos ao Banco Central
Especialistas alertam para o risco de descontrole na política monetária, especialmente diante de ataques ao Banco Central, considerados por analistas como atos que podem comprometer a estabilidade macroeconômica. Segundo o blog da Miriam Leitão, as pressões políticas e jurídicas representam ameaça à credibilidade do órgão.
Impactos e expectativas futuras
Com a inflação ainda sob controle e uma economia em recuperação lenta, o enfoque do mercado agora é a evolução dos juros e a estabilidade da moeda. O governo e o Banco Central seguem atentos às condições externas, sobretudo à volatilidade do dólar, que pode impactar os preços de alimentos e outros itens essenciais, conforme apontado na análise de especialistas.
Para mais detalhes sobre as projeções econômicas do Brasil em 2025, acesse o último boletim Focus. Ainda, análises e opiniões sobre os riscos ao Banco Central podem ser acompanhadas no blog de Miriam Leitão.


