Brasil, 29 de dezembro de 2025
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Escândalo de fraude em Minnesota envolve Ilhan Omar e marido

Ilhan Omar, congressista democrata de Minnesota, tem enfrentado um crescente escrutínio acerca de sua riqueza repentina, que saltou de quase falência para um patrimônio estimado entre $6 milhões e $30 milhões em apenas um ano. Essa ascensão um tanto quanto meteórica ocorre em meio a um dos maiores esquemas de fraude social nos Estados Unidos, que envolveu a comunidade somali em seu estado. O escândalo, que já resultou em acusações contra cerca de 90 pessoas, incluindo algumas com laços diretos a Omar, levanta questões sobre a responsabilidade e a transparência da política.

O que está em jogo para Omar?

Omar foi criticada por suas ligações com um esquema que, de acordo com as autoridades, desviou bilhões de dólares destinados a programas de alimentação infantil durante a pandemia. Em 2020, ela introduziu a legislação conhecida como MEALS Act, que supostamente relaxou a supervisão em programas de alimentação patrocinados pelo governo, permitindo que golpistas reivindicassem milhões de dólares em subsídios sem a devida verificação.

Após a divulgação do esquema, seu marido, Tim Mynett, lançou a Rose Lake Capital em 2022, uma firma de capital de risco que, segundo as informações disponíveis, viu seu valor disparar de quase zero a uma faixa de $5 milhões a $25 milhões em pouco mais de um ano. Este crescimento levanta muitas interrogações, não apenas pela rapidez da ascensão, mas também pela retirada repentina de informações sobre os executivos da empresa de seu site, seguintes ao aumento de investigações.

Os vínculos problemáticos da equipe de Omar

A Rose Lake Capital, que se apresenta como uma empresa com “redes globais profundas”, tinha menos de $1,000 em ativos em 2023, de acordo com as divulgações financeiras de Omar. Estranhamente, entre setembro e outubro de 2024, os nomes e biografias de nove executivos e conselheiros foram removidos do site da empresa. Entre eles estavam figuras políticas de peso, como o ex-senador Max Baucus e o ex-embaixador Adam Ereli.

A remoção foi feita em um período crítico, quando mais indivíduos foram acusados em relação ao esquema fraudulento. As alegações estão longe de desaparecer, e seus impactos continuam a reverberar, não somente para Omar, mas para o futuro da comunidade somali em Minnesota.

A fraude e suas repercussões

O escândalo de fraude não se limita a Omar e Mynett. Entre os indiciados está Salim Ahmed Said, co-proprietário do Safari Restaurant, onde Omar celebrou sua vitória em 2018, e que foi condenado por desviar mais de $12 milhões sob alegações de criar “refeições fantasmas” durante a pandemia. A notoriedade deste áudio e vídeo onde imagem e voz de Omar elogiam o programa alimentar adiciona uma camada complicada à percepção pública sobre sua connivência no escândalo.

Além disso, Guhaad Hashi Said, um colaborador da campanha de Omar, também se declarou culpado de orquestrar um site falso que alegava servir 5.000 refeições por dia, desvio que lhe rendeu $3,2 milhões.

Críticas e defesas

Os críticos de Omar não hesitam em apontar sua ascensão repentina como um exemplo de hipócrisia. “Enquanto famílias trabalhadoras eram enganadas por um enorme esquema de bem-estar social, a campanha de Omar recebeu dinheiro de fraudadores condenados”, declarou Kiersten Pels, porta-voz do Comitê Nacional Republicano. Ela agora se viu cercada por uma nuvem de desconfiança, pressionada a explicar sua repentina fortuna.

No entanto, Omar se defende, afirmando que “absolutamente” não tem arrependimentos sobre a introdução do MEALS Act, argumentando que ele ajudou a alimentar crianças. Apesar da crescente pressão e investigações em curso, ela continua a alegar que sua riqueza não é ilícita, mas sim o resultado de um trabalho árduo.

Conclusão e futuro de Omar

A crescente fortuna de Ilhan Omar e seu esposo Tim Mynett, em um contexto de alegações de fraude não resolvidas, suscitam uma série de questões sobre a ética na política. O Departamento do Tesouro e o Departamento de Justiça já abriram investigações sobre os supostos casos de lavagem de dinheiro e a condução do esquema. O impacto deste escândalo ainda está se desenrolando, mas uma coisa é certa: as repercussões podem ser significativas não apenas para Omar, mas também para a imagem da comunidade somali em Minnesota.

O decorrer desse caso pode influenciar decisivamente as futuras eleições e a confiança do público na liderança política, especialmente em um momento onde a transparência e a responsabilidade estão mais necessárias do que nunca.

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