Brasil, 29 de dezembro de 2025
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Correios apresenta plano de recuperação com corte de gastos e demissões

Os Correios divulgaram nesta segunda-feira um plano de recuperação financeira que prevê medidas para equilibrar suas contas, enfrentando um déficit que deve chegar a R$ 9 bilhões em 2025. Entre as ações, estão o fechamento de mil agências deficitárias e a demissão de 15 mil funcionários até 2027, além de uma série de operações de crédito e reestruturações.

Principais medidas do plano de recuperação dos Correios

  • Empréstimo de R$ 12 bilhões, sendo R$ 10 bilhões em 2025 e R$ 2 bilhões em 2026
  • Mais R$ 8 bilhões em operação de crédito em 2026
  • Plano de demissão voluntária para 15 mil funcionários, gerando economia de R$ 2,1 bilhões anuais
  • Revisão de planos de saúde, com economia estimada de R$ 700 milhões
  • Fechamento de mil agências deficitárias e redesenho da malha postal, com impacto positivo de R$ 2,1 bilhões
  • Ampliação de parcerias e diversificação de serviços, como seguros e serviços financeiros, visando um ganho de R$ 1,7 bilhão
  • Venda e alienação de imóveis e ativos, com previsão de receita de R$ 1,5 bilhão
  • Empréstimo de R$ 4,4 bilhões junto ao banco dos Brics para modernização tecnológica
  • Contratação de consultoria para reavaliar modelo organizacional e societário

Apesar dessas ações, a expectativa é de um déficit de aproximadamente R$ 9 bilhões em 2025, com uma previsão de prejuízo ainda maior em 2026, segundo revelou o presidente da estatal. O retorno ao lucro está previsto apenas para 2027, em um esforço de reestruturação que visa reverter doze trimestres consecutivos de prejuízo.

Reforço na liquidez e recuperação de receitas

O plano também contempla medidas para reforçar a liquidez dos Correios, que inclui a obtenção do empréstimo de R$ 12 bilhões aprovado com garantias do governo. O valor será fundamental para pagar obrigações, salários e dívidas, buscando consolidar a adimplência e melhorar a eficiência operacional.

Além disso, a estatal planeja aumentar suas receitas, buscando alcançar R$ 21 bilhões em 2027. Em 2024, a receita total foi de R$ 18,9 bilhões, mantendo uma tendência de estabilidade, embora com a necessidade de ampliar os ganhos.

Estratégias para ampliar receitas e modernizar operações

Para isso, a empresa pretende fortalecer parcerias com o setor privado e ampliar serviços, incluindo novos segmentos como seguros e soluções financeiras. Segundo o gerente de planejamento, Rondon, a adaptação ao mercado é essencial, já que empresas de Correios em outros países têm conseguido se reinventar mais rápido.

Investimentos de cerca de R$ 4,4 bilhões, previstos entre 2027 e 2030, também serão utilizados para automação de centros de tratamento, modernização da frota e melhorias na infraestrutura de TI, com recursos obtidos através de um empréstimo do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, envolvendo a ex-presidente Dilma Rousseff.

Perspectivas futuras

O plano de recuperação do Correios está focado em reverter a grave crise financeira e estrutural enfrentada pela estatal, que desde 2013 acumula prejuízos contínuos. A estratégia inclui também uma revisão do modelo organizacional e a venda de ativos, buscando garantir sustentabilidade a médio e longo prazo.

A implementação destas medidas é vista como fundamental para que os Correios possam funcionar de forma mais eficiente, recuperar a confiança do mercado e assegurar a continuidade dos serviços postais universais no Brasil.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no site do Globo.

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