As buscas pelo jovem William Gabriel Germano Politi, de 15 anos, prosseguem com intensidade no Rio Mogi Guaçu, na região rural de Conchal, São Paulo. O adolescente desapareceu no domingo, 28 de dezembro, após ser arrastado pela correnteza enquanto nadava com amigos. A tragédia teve início por volta das 16h, quando ele entrou na água nas proximidades do loteamento Iate Clube.
Desafios das buscas no Rio Mogi Guaçu
O trabalho dos mergulhadores do Corpo de Bombeiros é desafiador, com a água do rio apresentando cor escura e turva, além de uma grande quantidade de lama e galhos submersos. Em determinados trechos, a profundidade do rio chega a mais de seis metros, tornando as operações arriscadas e complexas. Equipes de Araras e Leme estão empenhadas nas buscas desde as primeiras horas de segunda-feira, 29 de dezembro.
“Quando cheguei aqui, já não havia mais o que fazer, ele desapareceu rapidamente. Liguei para os bombeiros, que iniciaram a busca até por volta das 20h do mesmo dia. Todos nós da família estamos muito tristes. William era muito querido por todos”, lamentou Paulo Rogério Germano, tio do adolescente. A angústia da família é palpável, e o apoio da comunidade tem sido fundamental nesse momento difícil.
O apoio da comunidade nas buscas
Antes mesmo da chegada do Corpo de Bombeiros, familiares e moradores da região iniciaram as buscas por William nas primeiras horas da madrugada. O tio afirmou que, por volta das 6h, eles já estavam à procura e até tentaram entrar no rio, mas a correnteza forte e a falta de equipamentos adequados dificultaram a operação. “A correnteza é muito forte. Não temos o mesmo apoio que os bombeiros”, ressaltou. William era um jovem que sempre gostou de nadar e frequentemente se aventurava no rio, que fica próximo da residência da família.
“Ele sempre dizia: ‘Tio, vou nadar no rio’ e, nós, sempre alertávamos sobre os riscos. É uma água traiçoeira e até mergulhadores experientes podem se perder. Mas, temos esperança de encontrá-lo”, disse o tio, demonstrando a luta e a esperança da família e amigos.
Jeniffer Sardeli, prima de William, também expressou sua tristeza pelo ocorrido, destacando que o acesso ao rio a partir da casa dele é fácil, com a rua seguindo diretamente até a margem. Na companhia de outros adolescentes, William adentrou no rio, e um dos amigos até tentou salvá-lo, mas as correntezas impediram qualquer auxílio. A comunidade está unida, oferecendo apoio e tentando ajudar nas buscas, mesmo cientes dos riscos envolvidos.
Planejamento das buscas e medidas de segurança
Se William não for encontrado nas próximas horas, o Corpo de Bombeiros comunicou que realizarão um trabalho de busca ao longo de toda a extensão do Rio Mogi Guaçu, que atravessa vários municípios. Isso tornará a operação ainda mais complexa e exigirá uma abordagem meticulosa. A polícia e a equipe de resgate lembram à comunidade sobre os perigos e recomendam que as buscas sejam feitas apenas por profissionais treinados.
“Estamos fazendo o nosso melhor para encontrar William. O rio é traiçoeiro, e pedimos para que as pessoas não entrem na água sem os devidos cuidados. Continuaremos a buscar em todas as áreas possíveis”, afirmou um dos bombeiros responsáveis pela operação.
Qualquer informação que possa ajudar nas buscas deve ser repassada diretamente ao Corpo de Bombeiros. Neste momento de incerteza, a esperança e a solidariedade da comunidade de Conchal são vitais para a família de William.


