Brasil, 28 de dezembro de 2025
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Proposta de abertura da fronteira de Rafah é rejeitada por ministros

Em desdobramentos recentes, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentou uma proposta em sua reunião de gabinete para abrir a passagem de Rafah, localizada entre a Faixa de Gaza e o Egito, para permitir a movimentação de pessoas nos dois sentidos. Contudo, a sugestão foi prontamente rejeitada pelos ministros da sua coalizão de direita, conforme noticiado pelo canal Channel 12.

Contexto da proposta de Netanyahu

A proposta surgiu em meio a um contexto delicado, onde, anteriormente, Israel havia manifestado a intenção de abrir a passagem de Rafah para permitir a saída de pessoas autorizadas de Gaza em direção ao Egito. No entanto, o governo do Egito expressou objeções a essa ideia, preocupado com possíveis deslocamentos em massa de palestinos do território de Gaza.

Na reunião que precedeu a viagem de Netanyahu para um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o premier justificou sua proposta ao indicar que isso demonstraria ao presidente americano o compromisso de Israel em avançar com um cessar-fogo na região. Os termos desse cessar-fogo prevêem a abertura da passagem.

Rejeição por parte da direita israelense

Apesar da intenção de Netanyahu, a proposta teve forte oposição dentro do próprio governo. Os ministros de extrema-direita, Bezalel Smotrich, que ocupa o cargo de Ministro das Finanças, e Itamar Ben Gvir, Ministro da Segurança Nacional, foram os principais críticos da iniciativa. Durante a reunião, eles exigiram que o Hamas, grupo que controla Gaza, devolvesse o corpo do refém Ran Gvili antes que qualquer movimento para a abertura da passagem fosse considerado.

Pressão política influencia decisão

De acordo com fontes do Channel 12, a pressão política foi um fator decisivo para que a proposta não avançasse. Um oficial israelense afirmou que “houve pressão política e a decisão de abrir a passagem não foi tomada.” Isso ilustra não apenas a fragilidade da coalizão governamental de Netanyahu, mas também as tensões que continuam a existir em torno do tratamento das questões humanitárias e da segurança regional.

Impacto nas relações com os Estados Unidos

O encontro agendado entre Netanyahu e Trump promete ser um ponto crucial para as negociações sobre o futuro de Gaza e a implementação de estruturas de segurança e governança de longo prazo na região. A proposta de abertura da passagem de Rafah pode ter sido uma tentativa de Netanyahu de apresentar uma imagem mais favorável aos EUA, mas a reação interna demonstra a complexidade e os desafios políticos que ele enfrenta.

Próximos passos e expectativas

Com a rejeição da proposta, a situação em Gaza e as negociações de cessar-fogo permanecem em um impasse. A pressão para encontrar soluções duradouras continua alta, especialmente à medida que o governo dos EUA busca promover a paz entre israelenses e palestinos. A manutenção da estabilidade na região dependerá minimamente da capacidade de Netanyahu em manejar sua coalizão, enquanto também tenta atender às expectativas internacionais.

Enquanto isso, a população civil em Gaza continua enfrentando uma realidade de incertezas e desafios humanitários, o que torna o diálogo necessário mais urgente do que nunca.

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