Brasil, 28 de dezembro de 2025
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O fenômeno da cultura coreana conquista o Brasil além das telas

A popularidade da cultura sul-coreana no Brasil ultrapassou as telas e o palco, atingindo setores diversos e mudando hábitos de consumo. Desde o sucesso mundial de “Gangnam Style” até os doramas e o forte movimento do K-beauty, produtos e experiências vindos da Coreia do Sul ganham cada vez mais espaço no mercado brasileiro.

Como a cultura coreana transforma o mercado brasileiro

O interesse pelo entretenimento, especialmente pelo K-pop e pelos doramas, impulsionou o crescimento de uma gama de produtos de beleza, moda e alimentação. Segundo dados do governo sul-coreano, 56,1 mil brasileiros visitaram o país no último ano até outubro, uma alta de 78,5% na comparação com o período anterior e aumento de 147% em relação a 2023.

Beleza e cosméticos: a força do K-beauty no Brasil

O mercado de cosméticos coreanos cresce 86,8% este ano, com exportações brasileiras do tipo atingindo US$ 32,3 milhões até novembro, conforme dados do governo federal analisados pela Euromonitor International. A tendência da “Glass Skin” — pele de vidro, que valoriza a hidratação e a saúde da pele — reforça o apelo da tecnologia sul-coreana.

Na prática, consumidores como Daniela Ferreira, de 26 anos, investem em produtos importados, desembolsando cerca de R$ 200 a cada dois meses na Shopee ou em compras coletivas. Ela destaca os protetores solares, hidratantes e óleos derivados da tecnologia asiática, que oferecem uma alternativa aos produtos nacionais, muitas vezes com uma aparência mais natural.

Impacto no varejo e inovação no setor farmacêutico

Varejistas brasileiros também se adaptam às novas tendências. A loja online Beleza na Web passou a vender marcas como Missha, Mise en scène e Skin1004, registrando alta de 27,5% nas vendas comparando 2025 a 2024. Outras redes, como a Raia e a Drogasil, passaram a incluir produtos coreanos, fortalecendo o ramo de dermocosméticos.

Indústrias farmacêuticas brasileiras também investem no segmento, como a Cimed, que anunciou uma linha de dermocosméticos inspirada no K-beauty com previsão de faturamento de R$ 1 bilhão até 2026. Juliana Marques, diretora de inovação da empresa, explica que a produção será híbrida, combinando importação e transferência de tecnologia com parceiros coreanos.

Expansão do entretenimento e do turismo

Além do mercado de beleza, o impacto da cultura coreana se estende ao universo literário e ao turismo. A editora Intrínseca, que publicou o best-seller “Bem-vindos à Livraria Hyunam-dong”, já vendeu mais de 250 mil exemplares de autores sul-coreanos e planeja continuar trazendo traduções anuais.

Na televisão, a preferência pelo K-dramas segue em alta, com a Netflix investindo US$ 2,5 bilhões em produções coreanas até 2027. No Brasil, plataformas como o Globoplay e o Globoplay oferecem seriados que alcançam recordes de audiência, ampliando o consumo dessa cultura televisiva.

Strategy de promoção e o papel do governo sul-coreano

O fortalecimento da cultura sul-coreana no Brasil é apoiado por políticas públicas de estímulo à indústria cultural, com investimentos bilionários em audiovisual, moda e beleza. Leonardo Paz, professor de Relações Internacionais, destaca que esse “soft power” visa melhorar a imagem do país, mostrando-o como uma nação democrática, tecnológica e criativa.

Esse movimento também incentiva uma busca por experiências culturais no próprio país asiático. Dados mostram que 56,1 mil brasileiros visitaram a Coreia do Sul em 2024, com aumento de quase 80% na comparação com o ano anterior. Agências de viagem no Brasil, como a Decolar, já percebem crescimento na procura por pacotes turísticos ao destino.

Perspectivas e futuras tendências

Expertises indicam que o interesse brasileiro pela cultura coreana continuará a crescer, impulsionado por produções audiovisuais, produtos de beleza e a atratividade do país como destino turístico. Este movimento evidencia uma relação de troca cultural que reforça a importância da influência sul-coreana no cenário global, incluindo o mercado nacional.

Para acompanhar essa expansão, empresas brasileiras de turismo e varejo planejam ampliar suas ofertas e estratégias de conexão com o público interessado na cultura da Península Coreana.

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