Brigitte Bardot, uma das mais icônicas estrelas do cinema francês e um fenômeno cultural das décadas de 1950 e 1960, faleceu aos 91 anos. A atriz, que se tornou um símbolo de liberdade e estilo, confirmou sua morte neste domingo (28) pela Fundação Brigitte Bardot, que não divulgou a data exata do falecimento.
Born in Paris in 1934, Bardot começou sua carreira no balé e rapidamente se destacou no mundo da moda, antes de ganhar fama internacional com o filme “And God Created Woman” (“E Deus Criou a Mulher”), lançado em 1956. Este filme não apenas catapultou Bardot ao estrelato, mas também a transformou em um ícone do cinema francês, fazendo dela um nome conhecido mundialmente.
Uma carreira brilhante e seus desafios
Ao longo de sua carreira, Bardot atuou em diversas produções importantes, como “The Truth” (“A Verdade”), “Contempt” (“O Desprezo”) e “Shalako”. Sua versatilidade também a levou a trilhar uma carreira musical, onde fez gravações e colaborações memoráveis. No entanto, o brilho de sua fama não veio sem custos. Bardot frequentemente relatava que a pressão da mídia e a invasão de sua vida privada a deixavam desconfortável, levando a períodos de depressão durante seu auge.
Nos anos 1960, seu rosto e imagem se tornaram sinônimos de cultura na França, a ponto de ser escolhida como referência para Marianne, símbolo da República Francesa. Contudo, aos 39 anos, Bardot tomou a decisão surpreendente de se retirar do cinema, optando por dedicar sua vida ao ativismo.
O ativismo de Brigitte Bardot
Aposentada do mundo do entretenimento em 1973, Bardot fundou em 1986 a Fundação Brigitte Bardot, que se tornou sua principal plataforma para defesa dos direitos dos animais. Através da fundação, a atriz se posicionou contra práticas de caça e abate, e se engajou em campanhas que garantiram seu nome em destaque nas notícias, mesmo afastada das telonas.
No entanto, a visibilidade que Bardot conquistou com sua militância também trouxe consequências. Suas declarações polêmicas sobre imigração e religião a levaram a enfrentar condenações legais na França e a associar seu nome a discursos da extrema direita, impactando sua imagem pública.
Brigitte Bardot e seu legado no Brasil
O legado de Bardot não se restringe ao cinema e ao ativismo. No Brasil, seu nome ficou eternamente ligado à charmosa Armação dos Búzios, no estado do Rio de Janeiro. A pequena vila de pescadores se tornou um destino turístico famoso após a visita da atriz nos anos 60. Em homenagem à sua contribuição cultural, uma estátua de bronze foi erguida na Orla Bardot, uma das principais atrações da cidade, criada pela escultora Christina Motta.
Bardot não é lembrada apenas como uma atriz revolucionária, mas também como uma mulher que viveu a complexidade da fama e da pressão social. Seu impacto na cultura pop continua a ser indiscutível, com sua imagem e ideais influenciando tendências até os dias de hoje. O cinema francês, a moda e a defesa dos direitos dos animais refletem a extraordinária trajetória de uma mulher que se tornou um ícone global.
Brigitte Bardot deixa um legado rico e controverso, cuja ressonância ainda é sentida em várias esferas da sociedade, reafirmando o papel da mulher na cultura moderna e a luta pelos direitos dos seres vivos.
