O ano de 2026 se aproxima rapidamente, e com ele, a expectativa em torno das eleições presidenciais no Brasil, onde Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente, irá tentar garantir seu quarto mandato. No entanto, muitos aspectos ainda precisam ser esclarecidos, tanto para o petista quanto para a oposição, que até agora não tem um caminho claro a seguir. As incertezas não se limitam apenas à disputa pelo Planalto, mas se estendem às eleições estaduais, ao Congresso e ao Judiciário. Para iluminar esse mar de dúvidas, o jornal O GLOBO elaborou uma lista com 26 perguntas fundamentais que poderão moldar o futuro político do Brasil.
A corrida presidencial e os protagonistas
Candidaturas em pauta
A primeira dúvida a ser resolvida diz respeito a Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo. Ele é considerado o nome preferido do Centrão e setores econômicos que buscam uma oposição forte ao governo Lula. Embora tenha sinais ambivalentes sobre seu desejo de se candidatar à presidência, o governador também sinaliza interesse na reeleição no estado. A recente entrada de Flávio Bolsonaro, senador do PL, como pré-candidato da direita, complica ainda mais as articulações em torno da corrida presidencial.
O peso do sobrenome Bolsonaro
A família Bolsonaro continua sendo uma força considerável na política brasileira. Jair Bolsonaro, mesmo preso, apontou Flávio como seu sucessor, destacando a importância do sobrenome na disputa eleitoral. Além de Flávio, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também é cogitada para compor uma chapa, podendo ser vice na candidatura de Tarcísio.
Alckmin e a chapa de Lula
Outro ponto a ser considerado é se Geraldo Alckmin manterá sua posição como vice na chapa de Lula. Alckmin, antigo adversário de Lula, tornou-se um aliado leal e sua saída poderia ser um estrago para a estratégia eleitoral do petista, que procura manter uma coligação forte para reelegê-lo.
Alianças e temas em debate
Quais partidos farão parte da aliança de Lula?
Espera-se que Lula reedite a coligação de partidos que o apoiaram em 2022, mas com a possibilidade de que siglas como o MDB e o PSD, que têm divisões regionais, possam se manter neutras, permitindo ao Planalto um cenário mais favorável nas eleições estaduais.
Recuperação da popularidade
Um fator crucial será se Lula conseguirá recuperar sua popularidade até as eleições. Após um primeiro semestre de queda, a aprovação do presidente estabilizou, mas em um ano eleitoral, a proporção entre aprovação e desaprovação pode ter um impacto significativo nas suas chances de reeleição.
Grandes temas que dominarão a campanha
A segurança pública se tornou uma arma para a oposição, mas as pautas econômicas são vistas como questões centrais. O governo Lula já indica interesse em criar um Ministério da Segurança Pública, demonstrando sua preocupação com o tema.
Cenários estaduais e congressional
Pefeiros e suas candidaturas
Além das eleições presidenciais, prefeitos de diversas cidades estão se preparando para se desincompatibilizar para concorrer ao governo de seus estados. Eduardo Paes, de Rio de Janeiro, João Campos, de Recife, e o prefeito de Maceió, JHC, estão entre os grandes nomes a se considerar.
O impacto das emendas parlamentares
O impacto das emendas parlamentares no índice de reeleição dos deputados será um tema relevante, pois muitos parlamentares têm conseguido demonstrações palpáveis aos seus eleitores, reduzindo assim as chances de renovação.
Relação entre poderes
Judiciário sob os holofotes
Com a indicação do novo ministro do STF, Jorge Messias, o Judiciário também será central nas discussões eleitorais. A expectativa é que o STF trate de pautas como a judicialização das eleições, além da tensão constante entre Executivo e Legislativo.
Condução de Nunes Marques no TSE
Uma questão importante será como será a gestão de Nunes Marques na presidência do TSE durante o ano eleitoral. Sua atuação será observada de perto, especialmente em um momento em que as eleições são tema de debate nacional.
Portanto, o cenário político brasileiro está repleto de incertezas e questões que ainda precisam ser respondidas antes das eleições de 2026. O sucesso das candidaturas e a formação das alianças poderão estabelecer um novo rumo para o país nos próximos anos.
