Brasil, 28 de dezembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Brigitte Bardot, ícone do cinema francês, morre aos 91 anos

BRASIL — A icônica atriz e ativista animal Brigitte Bardot faleceu no último domingo, em sua residência no sul da França, aos 91 anos. Reconhecida como um dos maiores símbolos sexuais da década de 1960, Bardot não apenas conquistou corações nas telas, mas também dedicou sua vida a causas sociais, tornando-se uma proeminente ativista pelos direitos dos animais.

A trajetória de uma lenda

Bardot se destacou em todo o mundo após sua atuação no filme “E Deus Criou a Mulher”, lançado em 1956, dirigido por seu então marido, Roger Vadim. O filme escandalizou a sociedade da época com sua representação ousada da sexualidade feminina, e rapidamente catapultou Bardot ao status de estrela internacional. Com seu cabelo loiro desgrenhado, corpo voluptuoso e atitude provocadora, ela se tornou um ícone da França, simbolizando uma nação em transformação.

Com uma carreira cinematográfica que se estendeu por mais de duas dezenas de filmes, Bardot conquistou uma quantidade inigualável de fãs, mesmo lutando contra seus próprios demônios, como a depressão. Sua imagem chegou a ser usada como modelo para “Marianne”, o emblema nacional da França, tornando-a um dos rostos mais reconhecíveis do país.

Ativismo e controvérsias

A segunda fase da vida de Bardot foi marcada por seu ativismo fervoroso em defesa dos direitos dos animais. Ela se destacou por suas campanhas contra a caça de filhotes de foca no Ártico e por sua oposição a experimentos em animais. Na visão de Bardot, o sofrimento animal era inaceitável e, ao longo de sua vida, ela fez declarações contundentes sobre o papel do ser humano como predador nato.

Por outro lado, seus posicionamentos ideológicos se tornaram cada vez mais controversos. Nos últimos anos, Bardot expressou opiniões extremistas sobre a imigração e a cultura muçulmana na França, conseguindo assim notoriedade negativa e enfrentando várias condenações em tribunais por incitação ao ódio racial. À medida que suas declarações se tornaram mais polêmicas, sua imagem como defensora dos direitos dos animais começou a se confundir com sua nova identidade política, afastando muitos dos seus apoiadores.

Um passado complicado

Nascida em 28 de setembro de 1934, Brigitte Anne-Marie Bardot teve uma infância marcada por limitações e disciplina rigorosa, que moldaram seu caráter forte. Descoberta aos 14 anos, rapidamente subiu ao estrelato, mas sua trajetória foi marcada por dificuldades pessoais e relacionamentos tumultuados. Apesar de se tornar um ícone do cinema, Bardot frequentemente expressou seu descontentamento com a indústria e os desafios que enfrentou devido à fama.

Nos anos 70, após se retirar dos holofotes, Bardot se reinventou como uma defensora dos direitos dos animais. A partir de sua fundação, dedicou seus esforços a várias questões relacionadas ao bem-estar animal, denunciando práticas cruéis, e se tornando uma referência nesse meio. Embora sua vida tenha sido cheia de altos e baixos, seus esforços em prol dos animais a mantiveram relevante, mesmo após sua aposentadoria do cinema.

Legado e reações à sua morte

Com a notícia de sua morte, personalidades de diversas esferas, incluindo o presidente da França, Emmanuel Macron, expressaram pesar. “Estamos de luto por uma lenda”, afirmou Macron em um post nas redes sociais. O impacto que Bardot causou tanto na cultura pop quanto no ativismo animal a consolidou como uma figura polêmica, mas inegavelmente influente.

Embora sua vida tenha sido marcada por controvérsias, o legado de Brigitte Bardot permanecerá como um enigma fascinante, refletindo as complexidades da fama, da arte e do ativismo. A lembrança da atriz que desafiou as normas de sua época continuará a ressoar nas gerações futuras, tanto no campo da arte quanto na defesa dos direitos dos animais.

À medida que fãs e admiradores de Bardot prestam suas homenagens, a reflexão sobre sua vida multifacetada nos leva a contemplar o seu impacto duradouro na cultura e nas questões sociais que ela tanto lutou para mudar.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes