Brasil, 27 de dezembro de 2025
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Trump promete mais ataques militares contra militantes no Níger por perseguição a cristãos

Após coordenar uma operação militar conjunta com o governo nigeriano contra militantes do ISIS no estado de Sokoto, nos estudos mais recentes, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que reforçará ações militares no país se a perseguição a cristãos persistir na Nigéria.

Operação contra o ISIS em Sokoto e discurso de Trump

A ofensiva, que visou acampamentos do grupo extremista na região ao norte do país, foi realizada em cooperação com as forças nigerianas. Segundo o comandante do AFRICOM, general Dagvin Anderson, os Estados Unidos estão “trabalhando com parceiros regionais para intensificar esforços de combate ao terrorismo”.

Donald Trump declarou que o ataque é um aviso aos militantes.“Warned these terrorists that if they did not stop the slaughtering of Christians, there would be hell to pay, and tonight, there was”, afirmou o presidente em uma mensagem nas redes sociais, acrescentando: “Que Deus abençoe nossas forças militares, e um Feliz Natal a todos, incluindo os terroristas mortos, dos quais haverá muitos mais se a matança de cristãos continuar”.

Perseguição religiosa na Nigéria e aumento da violência

A Nigéria é considerada o país mais perigoso do mundo para cristãos, com mais de 7 mil mortes e 7.800 sequestrados por motivos religiosos nos primeiros sete meses de 2025, conforme relatório da International Society for Civil Liberties and Rule of Law. Além disso, de outubro de 2019 a setembro de 2023, quase 56 mil pessoas morreram em conflitos étnico-religiosos, com predominantemente cristãos sendo alvo dessas ações, segundo a Observatório da Liberdade Religiosa na África.

Respostas e controvérsias sobre a operação militar

Embora o AFRICOM tenha informado que “vários terroristas do ISIS foram mortos”, as autoridades locais de Nigeria, citadas pelo Vanguard News, não encontraram evidências de vítimas. Dudoso de que haja mortos ou feridos, Douglas Burton, editor da Truth Nigeria, afirmou à CNA que o ataque pode ter sido “uma advertência para demonstrar a capacidade dos EUA de lançar ataques dentro da Nigéria se o governo não proteger os cristãos”.

Contexto sobre a violência e ameaças na região

Especialistas como Nina Shea, do Hudson Institute, alertam que as milícias fulani representam a maior ameaça aos cristãos na Nigéria, frequentemente influenciadas por grupos islâmicos como o Estado Islâmico e Boko Haram. Shea destaca que as ações extremistas têm como raiz uma ideologia islamista, e não questões ambientais ou econômicas, como alguns argumentam.

Burton enfatiza que o governo americano deve direcionar seus esforços contra as milícias fulani, responsáveis por uma maior proporção de ataques, especialmente nas regiões de Plateau, Benue e Taraba, onde várias vilas cristãs têm sido destruídas e populações deslocadas.

Perspectivas futuras e chamadas à ação

O relatório de 2024 do Observatório destaca que 81% das mortes em conflitos na Nigéria ocorreram em ataques terrestres, na maioria contra comunidades cristãs. A esperança é que pressões internacionais levem o governo nigeriano a tomar medidas mais efetivas contra as milícias, disarmando e processando os envolvidos.

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