O ambiente do futebol brasileiro tem passado por transformações significativas nos últimos anos, especialmente com a implementação do modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O Botafogo, um dos clubes mais tradicionais do país, se destaca nesse contexto. Wilson Gottardo, ídolo da equipe, compartilhou suas opiniões sobre os impactos deste modelo na gestão do clube e os desafios enfrentados.
A visão de Wilson Gottardo sobre a SAF
Recentemente, em uma entrevista, Wilson Gottardo abordou o conceito de SAF, ressaltando que a proposta é ter uma gestão que, acima de tudo, busca vitórias. Segundo ele, “SAF é isso. Se surgir uma proposta boa para vender, ela vai vender”. Isso evidencia uma estratégia que prioriza resultados e a viabilidade financeira do clube, em vez de simplesmente manter os ativos a qualquer custo.
Gottardo destaca que a intenção da SAF não é apenas “empatar”, mas sim “vencer”. Ele afirma que essa mentalidade é natural dentro do esporte. O ex-jogador argumenta que a presença da SAF no Botafogo trouxe uma nova dinâmica ao clube, questionando: “E se a SAF não estivesse hoje no Botafogo, onde o Botafogo estaria?” Essa reflexão leva a uma análise sobre o que poderia ter sido a trajetória do clube sem as mudanças implementadas.
A reposição de jogadores como estratégia
Outro ponto abordado pelo ídolo alvinegro foi a importância de uma boa reposição de jogadores. Para ele, a saída de atletas como Almada pode desequilibrar o ritmo de uma equipe, mas também pode abrir oportunidades de negócios. Gottardo enfatiza que a SAF tem a capacidade de identificar e capitalizar essas oportunidades, recrutando novos talentos. Ele sugere que, em uma busca por jogadores jovens e em ascensão, o Botafogo pode não apenas rejuvenescer sua equipe, mas também se preparar para um futuro mais sólido.
A relação com os torcedores
Neste cenário de mudanças e desafios, Wilson Gottardo compreende a posição dos torcedores, que são apaixonados e desejam ver seu time forte e competitivo. Ele reconhece que é natural que os fãs cobrem resultados e performance, pois estão profundamente ligados ao que acontece dentro e fora de campo.
Gottardo ressalta que a comunicação entre a SAF e os torcedores é fundamental. “O torcedor precisa entender essa lógica”, comenta. Essa transparência é vital para manter o apoio e a compreensão da torcida, que tem um papel ativo no cotidiano do clube. Quando os torcedores se sentem envolvidos, é mais provável que se mantenham leais e otimistas em relação ao futuro.
Conclusão: um olhar para o futuro
O modelo SAF pode ser desafiador, mas também traz uma série de oportunidades para clubes históricos como o Botafogo. Com a visão pragmática de Wilson Gottardo, fica claro que a intenção é construir um futuro onde a competitividade e a saúde financeira caminhem lado a lado. O sucesso dessa experiência dependerá não apenas de decisões estratégicas, mas também do engajamento dos torcedores, que são a alma do futebol.
Com tantas mudanças em curso, o olhar dos torcedores, dos gestores e dos ídolos, como Gottardo, é fundamental para moldar o futuro do Botafogo. A capacidade de adaptação e inovação serão cruciais para que o clube se mantenha relevante e forte no cenário do futebol brasileiro.


