Brasil, 27 de dezembro de 2025
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Moradores do Alto Tietê enfrentam crise de falta d’água em meio ao calor

Nos últimos dias, os moradores de diversas cidades do Alto Tietê têm enfrentado sérios problemas com o fornecimento de água, gerando transtornos significativos, especialmente em meio a uma onda de calor que tem registrado temperaturas acima dos 30°C. O cenário se agrava com relatos de famílias que passaram o feriado de Natal com as torneiras secas, revelando a gravidade da situação.

A situação em Suzano

Em Suzano, o bairro Parque Samambaia se tornou um exemplo preocupante da crise hídrica. Gisleine Sousa Couto, uma ajudante geral, expressou sua indignação ao relatar o acúmulo de roupas na lavanderia devido à falta de água. Sem uma caixa d’água em casa, a família tem enfrentado dificuldades para realizar tarefas simples do dia a dia, utilizando baldes para suprir a falta de abastecimento. Ela registrou uma reclamação na Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), mas, até o momento, sem resposta efetiva.

Na mesma vizinhança, a cuidadora Priscila Santos Rocha também relatou que a falha no abastecimento é recente, tendo começado há cerca de quinze dias. Ela descreveu a situação como um desrespeito com a população, especialmente considerando o calor extremo que a região tem enfrentado.

Improvisos em Mogi das Cruzes

A crise se estende a Mogi das Cruzes, onde em um condomínio de alto padrão no bairro Cidade Parquelândia, os moradores também relataram problemas no abastecimento. A empresária Lucélia Prudêncio mostrou a pilha de louça da ceia de Natal acumulada devido à falta de água. Apesar de alguns momentos de abastecimento, a pressão da água na torneira é insuficiente para encher as caixas d’água, levando a família a improvisar, utilizando água da piscina para as descargas dos banheiros.

A Sabesp, empresa responsável pelo abastecimento de água, afirmou que o fornecimento até o condomínio está regular e que a responsabilidade pela distribuição interna é da administração do local. Entretanto, moradores contestam essa declaração, alegando que a pressão da água recebida não é suficiente.

Condições em Guararema e a discrepância no abastecimento

Os problemas no abastecimento também são evidentes em Guararema, onde moradores do bairro Vale dos Eucaliptos enfrentam torneiras secas por longos períodos. A moradora Sabrina Barbosa compartilhou sua preocupação, especialmente considerando que sua mãe é idosa e requer cuidados adicionais. O que mais revolta os habitantes é o contraste com áreas centrais, onde pontos turísticos ostentam fontes bem irrigadas, enquanto os moradores de outros bairros ficam sem água.

Resposta da Sabesp e ações da Prefeitura

A Sabesp pediu desculpas pelos transtornos, explicando que o aumento expressivo do consumo de água durante os dias quentes resultou em oscilações no abastecimento. Para Guararema, a empresa sinalizou que está realizando reforços no abastecimento, incluindo o uso de caminhões-pipa. Contudo, a prefeitura da cidade anunciou que acionou o departamento jurídico para avaliar a situação e buscar medidas contra a Sabesp, além de reforçar o atendimento nas áreas mais afetadas.

Em Suzano, as reclamações à Arsesp são analisadas individualmente, garantindo que a resolução do problema só seja considerada concluída após a resposta da concessionária e a confirmação da solução pelo usuário.

A importância da conscientização e soluções a longo prazo

Este cenário de crise hídrica no Alto Tietê destaca a necessidade urgente de uma gestão eficiente dos recursos hídricos e da conscientização da população sobre a importância da preservação da água. Com o aumento da demanda por água em decorrência das altas temperaturas, é essencial que as empresas responsáveis tomem medidas imediatas e efetivas para garantir o abastecimento. Além disso, ações preventivas devem ser discutidas e implementadas para evitar que crises como esta se repitam no futuro.

A falta d’água em regiões tão populosas é um alerta para todos nós sobre a necessidade de valorizar e cuidar dos recursos naturais, promovendo um uso mais consciente e sustentável. A esperança é que as autoridades e os serviços públicos consigam ajustar suas estratégias e restabelecer o abastecimento de forma imediata, assegurando que todos os moradores do Alto Tietê tenham acesso a esse recurso vital.

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