Brasil, 27 de dezembro de 2025
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Ex-secretário suspeito de assassinar GCM em Arujá

No dia 24 de dezembro, Mogi das Cruzes foi abalado pela notícia do assassinato do Guarda Civil Municipal (GCM) Nelson Caetano de Lima Neto. O principal suspeito do crime é Uelton de Souza Almeida, ex-secretário adjunto de Segurança de Arujá, que se entregou à polícia após o ocorrido. Juliana Simão Gomes, namorada da vítima, desabafou sobre a tragédia que mudou a vida de sua família e gerou um clamor por justiça.

O Trágico Evento de Natal

O crime aconteceu na casa onde Juliana reside, e segundo relatos, Uelton efetou 12 disparos contra Nelson. A situação se agravou após uma discussão entre o ex-casal, que já estava separados há anos, mas coabitavam o mesmo imóvel devido a circunstâncias financeiras. Juliana contou que, mesmo morando juntos, o relacionamento entre eles era tenso, especialmente por Uelton não aceitar o novo namorado dela.

Em um momento que deveria ser de celebração, Juliana preparava um churrasco para comemorar o Natal com seus filhos e Nelson. A intenção era proporcionar um momento alegre para a família, mas a discussão entre Juliana e Uelton acabou por desencadear a tragédia. “Meus filhos começaram a chorar, eu peguei o telefone e liguei para o Nelson e falei: ‘O Uelton acabou com nosso Natal’”, relembra Juliana, que se viu no meio de um conflito que terminou em um ato extremo de violência.

As Circunstâncias do Crime

Após a discussão, Uelton deixou a residência, mas retornou com uma arma. Juliana pediu que Nelson não entrasse na casa até que a situação se acalmasse, mas Uelton, descontrolado, disparou contra ele. Juliana descreve o momento com emoção: “Ele (Uelton) foi covarde. Minhas filhas ligavam para o pai e perguntavam: ‘Por que o senhor matou o tio Nelson?’” Essa pergunta direta das crianças reflete o impacto emocional da tragédia em uma família já vulnerável.

A Reação da Comunidade e das Autoridades

Após o crime, Uelton se apresentou à polícia, alegando agir em legítima defesa. Seu advogado, Eugênio Malavasi, justificou sua entrega à polícia como um ato de lealdade. “Uelton não teve outra alternativa a não ser agir em legítima defesa”, afirmou o advogado em uma nota oficial. Entretanto, a versão de Juliana contrasta com a defesa apresentada, revelando um cenário delicado e cheio de nuances.

O caso já gerou repercussão significativa na comunidade de Mogi das Cruzes e Arujá, com apelos pela justiça e pela proteção de outras famílias que possam estar em situações semelhantes. A Secretaria de Segurança de Arujá respondeu ao caso exonerando Uelton de seu cargo e suspendendo-o de suas funções como GCM, comprometendo-se a colaborar com as investigações.

Um Olhar sobre a Vida de Nelson

A morte de Nelson, um gcm dedicado, deixou uma marca profunda em sua namorada e seus filhos. Juliana mencionou que ele era um pai excelente e muito presente: “Ele (Nelson) ajudava em tudo. Eu estava super feliz de poder proporcionar um Natal feliz para os meus filhos”, lamentou. Essa perda trágica não é apenas uma estatística, mas uma dor pessoal que afeta cada membro da família e a comunidade.

Próximos Passos

A Câmara Municipal de Arujá afirmou que o caso será remetido ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. A sociedade aguarda ansiosamente por uma resposta das autoridades e pela justiça em um caso que não apenas abalou uma família, mas também levantou questões sobre segurança e violência nas relações familiares.

Enquanto a investigação avança, a dor e o sofrimento da família de Nelson continuam a ecoar, revelando a necessidade de um diálogo mais amplo sobre a violência doméstica e as suas consequências. “Eu entendo a dor da dona Shirlei (mãe de Nelson). Ele (Uelton) acabou com a minha vida, com a vida da família do Nelson, com a dos meus filhos”, desabafa Juliana, que agora enfrenta um novo desafio de criar seus filhos sozinha.

Este trágico evento nos lembra da fragilidade da vida e da necessidade urgente de políticas públicas que possam fornecer apoio a famílias vulneráveis, criando um ambiente mais seguro e protegido.

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