Brasil, 27 de dezembro de 2025
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Defesa de Silvinei Vasques pede prisão domiciliar em Santa Catarina

Na madrugada deste sábado, a defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, encaminhou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que ele permaneça preso em Santa Catarina, preferencialmente nas cidades de Florianópolis ou São José, onde residia antes da detenção. Vasques foi preso na sexta-feira no Paraguai, quando tentava embarcar para El Salvador.

Detenção e pedido de custódia

Conforme informações, Vasques foi detido no aeroporto internacional de Assunção, com um passaporte paraguaio que apresentava similaridades físicas com ele, no nome de Julio Eduardo Baez. A detenção ocorreu depois que ele rompesse a tornozeleira eletrônica enquanto se deslocava de Santa Catarina ao Paraguai.

A defesa de Vasques justifica o pedido de custódia em Santa Catarina afirmando que ele possui “vínculos familiares, sociais e profissionais consolidados” na região, o que, segundo seus advogados, contribuiria para a “estabilidade da custódia e a preservação de sua integridade física e psíquica, além de facilitar o exercício pleno da ampla defesa”. O pedido foi assinado pelos advogados Anderson Almeida e Eduardo Nostrani Simão e encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes.

Condições de detenção de Vasques

Os defensores argumentam que Vasques possui uma “condição militar pretérita”, tendo sido parte da Polícia Militar de Santa Catarina (PM-SC), o que o impediria de ser alocado em um presídio com criminosos comuns. Eles lembraram ainda que o ex-chefe da PRF já enfrentou “assédio e ameaças” durante o ano em que permaneceu na penitenciária da Papuda, em Brasília.

Caso o ministro Moraes não acate à solicitação de transferi-lo para Santa Catarina, a defesa solicita que ele permaneça preso na chamada “Papudinha”, um espaço do 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, tradicionalmente reservado para policiais, militares condenados e outras autoridades. Atualmente, nesse local está encarcerado o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

Medidas preventivas após fuga

A prisão de Silvinei Vasques também triggerou uma resposta rápida por parte do STF. O ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar de 10 indivíduos envolvidos em processos relacionados a uma suposta trama golpista, uma medida com o intuito de evitar novas evasões. Entre os alvos dessa decisão estão o ex-assessor da Presidência, Filipe Martins, e a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar.

A situação de Vasques é emblemática e reflete as complexidades das políticas de segurança e as relações entre as autoridades e ex-membros de forças policiais. O ex-diretor da PRF se tornou uma figura central nas discussões sobre a segurança nacional, especialmente após sua detenção e as revelações sobre sua tentativa de fuga.

Expectativas sobre o julgamento

A expectativa é de que o STF se pronuncie em breve sobre o pedido de custódia feito pela defesa. A decisão não apenas impactará a vida de Vasques, mas também poderá influenciar o cenário político atual, levando em conta o contexto de instabilidade que o país enfrenta nas esferas de poder.

Enquanto isso, a comunidade jurídica e a população em geral seguem acompanhando os desdobramentos do caso, que expõe não apenas questões de justiça, mas também os desafios que a segurança pública enfrenta no Brasil.

Com essa recente repercussão, fica evidente que o caso de Silvinei Vasques é apenas uma das várias narrativas que envolvem as intricadas relações entre autoridade, segurança e direito no país. As próximas decisões do STF serão fundamentais para definir não apenas o futuro de Vasques, mas também a confiança da sociedade nas instituições judiciais.

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