Brasil, 27 de dezembro de 2025
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Correios obtêm R$ 12 bilhões em empréstimo com principais bancos do país

Os Correios fecharam na sexta-feira (26) um empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco dos principais bancos do Brasil para ajudar a enfrentar a crise econômica que atinge a estatal há 12 trimestres consecutivos. A assinatura do contrato foi publicada neste sábado (27) no Diário Oficial da União (DOU).

Detalhes do empréstimo e condições

O acordo envolve os bancos Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, com validade até 2040. A operação conta com garantia da União, que assume o respaldo em caso de inadimplência da estatal, reduzindo o risco para os credores.

Segundo o governo federal, a operação foi autorizada pelo Tesouro Nacional na semana passada, após proposta dos bancos. A garantia do governo reforça a segurança da operação e ajuda na atração do crédito.

Contexto e cenário financeiro dos Correios

Desde 2022, os Correios acumulam prejuízos contínuos, chegando a registrar, no primeiro semestre de 2025, um prejuízo de R$ 4,36 bilhões, o maior da história da estatal. Os principais fatores que agravaram a crise incluem o aumento dos gastos com pessoal, queda nas receitas com encomendas internacionais devido a mudanças no programa Remessa Conforme, além do crescimento das despesas com precatórios e uma queda acentuada no fluxo de caixa.

Medidas para recuperação financeira

Para reverter o cenário, os Correios vêm implementando um plano de reestruturação que inclui cortes de custos, programa de demissão voluntária (PDV), venda de imóveis ociosos, renegociação de contratos, além da redução da jornada de trabalho, mudanças nos planos de saúde e o lançamento de um marketplace próprio.

O debate sobre a privatização da estatal voltou à tona como uma alternativa ao modelo atual, dada a gravidade da crise financeira observada nos últimos anos.

Implicações e próximos passos

A operação do empréstimo, que contou com a aprovação do Tesouro Nacional, atende aos limites de juros previstos para garantias da União — neste caso, até 18% ao ano — e visa assegurar o fluxo de caixa da empresa. O governo pretende usar os recursos para equilibrar as contas enquanto busca soluções mais estruturais, como a potencial privatização.

Segundo especialistas, a medida é emergencial e reflete a necessidade de reforçar o caixa da empresa enquanto se busca uma solução de longo prazo para a crise dos Correios.

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