Brasil, 27 de dezembro de 2025
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Caso Banco Master: TCU investiga atuação do BC na crise financeira

A decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de solicitar informações ao Banco Central (BC) sobre a atuação na crise do Banco Master gerou forte repercussão nesta semana. O caso, que envolve suspeitas de irregularidades e uma possível omissão do BC, permanece sob análise enquanto o prazo para esclarecer a questão vence na próxima segunda-feira, aumentando a pressão sobre a autoridade monetária.

Investigação do TCU sobre o caso Banco Master e atuação do BC

O TCU abriu um processo para apurar uma possível demora do BC em decretar a liquidação do Banco Master, controlado por Daniel Vorcaro, que entrou em processo de liquidação extrajudicial em novembro passado. A investigação ganhou destaque após a Corte pedir esclarecimentos sobre a fundamentação e motivação das decisões que levaram à intervenção. Segundo fontes, o tribunal deseja entender os principais marcos decisórios adotados pelo Banco Central na condução do caso.

O ministro Jhonatan de Jesus, responsável pelo caso, é o mais jovem integrante do TCU, com 42 anos, e tem sua atuação ligada ao partido Republicanos, de quem foi apoiado na eleição para o tribunal. Procurado, ele não se manifestou oficialmente. A decisão cautelar de Jhonatan foi tomada em meio às suspeitas de que o BC poderia ter agido com retardo na decretação da liquidação, permitindo possíveis fraudes e movimentações financeiras questionáveis envolvendo milhões de reais.

Política, influência e repercussões na justiça

O caso envolve transações financeiras suspeitas que somam cerca de R$ 12,2 bilhões entre o Master e o Banco de Brasília (BRB), banco estatal de Brasília, que teria considerado uma aquisição do banco de Vorcaro, mas foi impedido pelo BC. As operações em torno do Master também estão na mira do mundo político de Brasília, com Vorcaro conectado a uma extensa rede de relacionamentos que inclui o Judiciário.

Dentro do Congresso, o nome de Jhonatan de Jesus contou com amplo apoio de diferentes partidos e foi apoiado até pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A nomeação pelo então presidente Lula ocorreu em 2023, após a saída de Ana Arraes, e permite ao ministro atuar na corte até 2058, quando deverá se aposentar aos 75 anos.

Repercussões e sigilo no processo

Além da solicitação de informações ao BC, o TCU impôs sigilo às investigações, o que tem causado estranhamento pelo caráter delicado do caso. A investigação também aponta para negociações suspeitas envolvendo empresas privadas do setor financeiro e uma possível omissão do BC diante das operações do banco de Vorcaro.

As negociações financeiras e os relacionamentos políticos de Vorcaro costumam ser alvo de análises por parte de especialistas e mídia, evidenciando a complexidade da crise financeira envolvendo o Banco Master e o papel de órgãos reguladores nesse cenário.

Próximos passos e expectativas

O prazo para que o Banco Central envie os esclarecimentos ao TCU vence nesta segunda-feira, e a decisão do magistrado determinará os próximos passos do procedimento. Enquanto isso, o setor financeiro aguarda o desfecho, que pode influenciar futuras ações de fiscalização e regulações no mercado bancário brasileiro.

Mais detalhes sobre o andamento da investigação e os possíveis desdobramentos podem ser acompanhados no Fonte oficial da reportagem.

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