Brasil, 26 de dezembro de 2025
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Silvinei Vasques é preso no Paraguai após romper tornozeleira eletrônica

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi detido nesta sexta-feira no Aeroporto Internacional de Assunção, no Paraguai, em uma tentativa de fuga. Ele foi preso após romper sua tornozeleira eletrônica e tentar embarcar em um voo com destino a El Salvador, na América Central. Durante a abordagem, a polícia paraguaia encontrou um passaporte original que não correspondia às suas informações pessoais.

A violação e as consequências

Antes de deixar o Brasil rumo ao Paraguai, Silvinei Vasques havia violado a tornozeleira eletrônica, o que acionou um alerta nas autoridades brasileiras. A polícia paraguaia, então, conseguiu localizá-lo e detê-lo em tempo hábil. A situação revela a gravidade das ações de Vasques, que foi condenado há apenas dez dias pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e seis meses de prisão por sua participação em um plano golpista. Ele foi identificado pelo Ministério Público como parte do “núcleo dois” da conspiração, que buscava manobras políticas para interferir nas eleições de 2022 e garantir a permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

Histórico de prisões e condenações

Silvinei Vasques não é estranha ao sistema penitenciário. Em agosto de 2023, ele já havia sido preso sob a acusação de ordenar bloqueios da PRF em rodovias durante o segundo turno das eleições de 2022. Esses bloqueios visavam dificultar o acesso de eleitores na Região Nordeste, onde o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve ampla votação. Na época, seu passaporte foi apreendido pela Polícia Federal.

Um ano após sua prisão, em agosto de 2024, Vasques conseguiu a liberdade por meio de uma decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Esse entendimento substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, a apreensão de seus passaportes e um veto à sua manifestação em redes sociais.

Os laços políticos de Vasques

É relevante notar que Silvinei Vasques comandou a PRF entre abril de 2021 e dezembro de 2022 durante o governo de Jair Bolsonaro, sendo considerado um apoiador explícito do ex-presidente. Durante sua gestão, ele chegou a fazer postagens pedindo votos a Bolsonaro em suas redes sociais, embora posteriormente tenha apagado tais publicações.

Informações não oficiais apontam que Vasques tinha proximidade com o senador Flávio Bolsonaro, um dos principais defensores de sua nomeação para o cargo. Com um histórico na corporação desde 1995, ele havia exercido a função de superintendente no Rio de Janeiro antes de ascender à direção da PRF.

Recentes desenvolvimentos

Até o início de 2025, Silvinei Vasques ocupou o cargo de chefe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação da prefeitura de São José, na Região Metropolitana de Florianópolis. O cargo foi encerrado em 16 de dezembro, o mesmo dia em que foi condenado no processo relacionado à trama golpista. Sua exoneração ocorreu a pedido, conforme publicado no Diário Oficial do município.

A repercussão da prisão

A prisão de Silvinei Vasques no Paraguai é um desdobramento significativo em uma série de eventos envolvendo a PRF e suas ações na política brasileira. As investigações e processos judiciais continuam, e a sociedade aguarda a resposta das autoridades sobre as medidas futuras em relação a sua condenação e aos envolvimentos políticos que cercam sua trajetória.

Com a detenção de Vasques, as esperanças de transparência e justiça na política brasileira são novamente suscitas, em um momento em que a população clama por medidas firmes contra a corrupção e os abusos de poder.

A história envolvendo Silvinei Vasques ilustra como os desdobramentos da política nacional estão interligados e como figuras proeminentes podem ser responsabilizadas. A sociedade acompanha atentamente a evolução deste caso, que, sem dúvida, terá repercussões significativas nos próximos meses.

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