Na madrugada desta sexta-feira (26/12), Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi preso no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai. Ele tentava fugir do Brasil levando consigo seu cachorro e materiais para o transporte do animal. A ação foi registrada pela Polícia Federal (PF), que divulgou detalhes da tentativa de evasão.
A operação da Polícia Federal
A PF recebeu informações sobre o plano de fuga de Silvinei, que incluía o uso de um passaporte falso. Câmeras de segurança no Brasil mostraram o ex-diretor carregando um carro alugado com diversas bolsas e itens antes de cruzar a fronteira. Relatos indicam que, por volta das 19h, Silvinei já tinha colocado várias bolsas no porta-malas do veículo. Em seguida, ele voltou para adicionar mais itens, incluindo ração e sacos de tapete higiênico para cães. Às 19h22, foi flagrado levando seu cachorro, que parece ser da raça pitbull, antes de partir em seu automóvel.
Detalhes da prisão e do plano de fuga
Silvinei Vasques utilizava roupas escuras da marca Puma no momento da detenção. Além do cachorro, a investigação revelou que ele tinha materiais específicos para garantir o conforto do animal durante a viagem. Após ser preso, as autoridades paraguaias iniciaram sua expulsão do país, em colaboração com a diplomacia brasileira, com o objetivo de que ele fosse entregue às autoridades na região da Tríplice Fronteira.
Condenação e antecedentes
O ex-diretor da PRF foi condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por seu envolvimento na chamada trama golpista, que incluía ações que dificultaram a votação de eleitores do Nordeste durante as eleições de 2022. Além disso, ele estava cumprindo medidas cautelares em Santa Catarina, que incluíam o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de deixar o país.
A PF constatou que Silvinei rompeu a tornozeleira na véspera de tentar deixar o Brasil, o que disparou alertas às autoridades competentes. O ex-diretor estava viajando com um plano que previa uma escala no Panamá antes de chegar ao seu destino final, El Salvador.
A situação do cachorro
Ainda não se têm informações sobre o destino do cachorro após a prisão de Silvinei. O envolvimento do animal no caso despertou emoções nas redes sociais, refletindo a ligação afetiva entre o ex-diretor e seu bichinho de estimação.
Implicações legais
A condenação de Silvinei ocorreu em 16 de dezembro, durante o julgamento do núcleo 2 da trama golpista. Embora a sentença tenha sido proferida, ainda não houve trânsito em julgado, permitindo que sua defesa apresente recursos. As autoridades brasileiras aguardam a entrega do ex-diretor, que agora enfrenta a possibilidade de dirigir-se a um sistema prisional em seu país.
O impacto político
O caso de Silvinei Vasques levanta questões sobre a segurança e a integridade de ex-alimentadores públicos que, mesmo sob condenação, tentam escapar da justiça. A fuga frustrada, acompanhada de um plano que envolvia o animal de estimação, oferece um olhar sobre as complexidades emocionais que envolvem figuras públicas em situações de crise legal.
Com a sua detenção, espera-se que as autoridades brasileiras intensifiquem as investigações sobre sua atuação na PRF e sua ciência em relação ao golpe que tentou ser perpetrado, refletindo também a responsabilidade institucional que deve ser buscada em todos os níveis do governo. Enquanto isso, a vida de um cão está pendente em meio a este cenário de ilegalidade e condenação.
Para mais informações sobre este caso, você pode acessar as fontes diretas e acompanhar as atualizações sobre o desenvolvimento das investigações.


