Brasil, 26 de dezembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Polêmica do comercial da Havaianas com Fernanda Torres repercute

Nos últimos dias, um novo comercial da Havaianas, estrelado pela atriz Fernanda Torres, gerou controvérsias e repercussões significativas no Brasil e no exterior. A declaração de Torres no vídeo, em que afirma que não deseja que as pessoas comecem o ano “com o pé direito”, foi interpretada por alguns políticos de direita como uma crítica indireta ao governo atual. Essa reação desencadeou um boicote à marca pelos conservadores, conforme relatado pela imprensa internacional.

A interpretação divergente da mensagem da propaganda

A Havaianas sempre foi uma marca querida pelos brasileiros, conhecida por seus chinelos que simbolizam a cultura do país. No comercial recente, Fernanda Torres expressa um desejo de que as pessoas “entrem em 2026 com os dois pés”. Ela enfatiza que é melhor começar o ano de forma mais ativa, em várias direções, do que simplesmente confiar na sorte.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), entre outros, viram nessa mensagem uma alusão à política e começaram a alegar que a Havaianas estava tomando partido. Eduardo Bolsonaro, expressando sua indignação, inclusive jogou um par de sandálias no lixo, incitando seus seguidores a se juntarem ao boicote. O New York Times destacou a natureza global da marca e a forma como ela agora se tornou parte de uma disputa política no Brasil, uma situação incomum para um produto comumente associado ao lazer e à descontração.

O boicote e as reações das mídias internacionais

O The Guardian e o Le Monde relataram que a extrema direita brasileira encontrou na Havaianas um novo alvo, especialmente em um momento em que a figura de Jair Bolsonaro enfrenta dificuldades. O boicote foi muito discutido nas redes sociais, enquanto os apoiadores de Bolsonaro procuravam um novo inimigo desde a prisão de seu líder por tentativa de golpe.

“São as sandálias de dedo favoritas do Brasil. Agora, a direita está boicotando,” disse o New York Times em um de seus artigos. A situação ilustra como uma simples campanha publicitária pode acirrar os ânimos políticos e provocar reações intensas, inclusive zombarias e apelos à doação das sandálias por aqueles que apoiam a esquerda.

O impacto nas redes sociais e o efeito memes

Nas redes sociais, a resposta do público foi predominantemente de perplexidade e eventual humor. Os brasileiros começaram a criar memes sobre a situação, refletindo uma resiliência cultural típica do povo. A saga de Fernanda Torres e a Havaianas ressoaram nostalgia e afeições em vez de animosidade, o que pode ser um reflexo do amor que muitos têm pela marca.

O espanhol El País comentou que a propaganda gerou “piadas sobre inimigos fantasma” e evidenciou um certo estado precário da direita no Brasil, que procura um novo foco de coesão. Essa dinâmica sugere que, apesar das tentativas de boicote, a Havaianas pode ter desencadeado um impulso de publicidade gratuito e inesperado.

Conclusão: a posição da Havaianas no cenário político

O boicote à Havaianas foi destacado por várias agências de notícias ao redor do mundo, o que ilustra não apenas a polêmica interna do Brasil, mas também o interesse global pela dinâmica política do país. O comercial, que deveria simplesmens configurar um desejo de festividade e confraternização, acabou provocando um dos debates mais fascinantes das últimas semanas. A situação convida à reflexão sobre o papel do consumismo e das marcas no atual contexto sociopolítico, onde cada palavra pode se tornar uma arma de debate.

Enquanto isso, a Havaianas, que já foi um símbolo de unidade nacional, agora se encontra no centro de uma contradição política, onde até mesmo a expressão “pé direito” se tornou um ponto de discórdia. A resposta final do público e a evolução dessa polêmica ainda estão por vir.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes