Brasil, 27 de dezembro de 2025
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O sucesso de “Heated Rivalry” entre os fãs de romance no hóquei

Desde a sua estreia no feriado de Ação de Graças, a série “Heated Rivalry”, baseada no romance homônimo de Rachel Reid, tem feito sucesso entre os fãs de histórias românticas no universo do hóquei. A adaptação televisiva tem gerado um burburinho nas redes sociais e atraído uma crescente base de admiradores, todos entusiasmados com o enredo envolvente que retrata o amor entre dois homens.

Uma história de amor cheia de emoções

A trama acompanha Shane Hollander, canadense, e Ilya Rozanov, russo, que mantêm um relacionamento secreto por mais de dez anos, misturando a espera ansiosa com cenas de amor explícitas. Jacob Tierney, responsável pela criação, escrita e direção da série, afirmou que se sentiu atraído pelo projeto devido à sua “alegria queer genuína”. Esse sentimento ressoou com o público, fazendo de “Heated Rivalry” a série número um da HBO Max enquanto se aproxima do final de sua primeira temporada.

O sucesso da série não apenas gerou interesse pela coleção “Game Changers”, da qual faz parte, mas também chamou a atenção para o subgênero do romance esportivo, especialmente histórias que abordam a sexualidade queer. A série foi inicialmente desenvolvida para a plataforma canadense Crave, mas ganhou um contrato de distribuição com a HBO, garantindo já uma segunda temporada.

Um marco para os fãs de romance no hóquei

Os romances relacionados ao hóquei têm ganhado popularidade dentro do gênero mais amplo de romances esportivos, atraindo leitores que se interessam tanto pela intensidade do esporte quanto pelas relações interpessoais. Mackenzie Walton, editora do romance “Heated Rivalry”, comenta que o poder do gênero reside no modo como as histórias imergem os leitores na cultura do esporte.

“É comum que, ao ler um romance de hóquei, eu sinta que a modalidade está no coração do livro, e isso ressoa muito com os leitores”, ressalta Walton. De acordo com a editora Harlequin, a série “Game Changers”, de Reid, já vendeu 650 mil cópias desde a sua primeira publicação em 2018. O reconhecimento de Hollywood, segundo Leah Koch, co-proprietária da livraria romântica The Ripped Bodice, é um incentivo valioso para os fãs do gênero, mostrando a valorização de seus interesses culturais e seu impacto econômico.

A recepção do público queer

Josh Banfield, criador de conteúdo que faz vídeos no Instagram sobre a série, destaca que a popularidade de “Heated Rivalry” entre o público queer se deve à forma gradual como o romance entre Shane e Ilya se desenvolve. “Há algo especial em ver esse anseio e perceber que os protagonistas mantém contato e conexão”, afirma Banfield.

A escolha dos protagonistas

Os fãs e os criadores da série creditam também o sucesso do programa aos atores principais, Connor Storrie e Hudson Williams. Tierney expressa que, logo que os viu juntos, soube que eles eram Shane e Ilya. “O sucesso da série dependia diretamente dessa escolha de elenco”, enfatiza. Rachel Reid, autora dos livros, expressou satisfação com a adaptação e os atores escolhidos, afirmando que, se pudesse criar os atores perfeitos, não conseguiria ser mais feliz com a escolha.

Desafiando estereótipos e criando diversidade

Ainda que a maioria das histórias de amor no hóquei envolva personagens brancos e heterossexuais, a demanda por personagens diversos e queer vem crescendo. Koch observa que muitos leitores buscam protagonistas como Shane, que não se encaixam nos estereótipos tradicionais e que desafiam a norma do “garanhão alpha”. Ela se mostra cética quanto ao fato de que o sucesso de “Heated Rivalry” possa levar a uma onda de romances e séries com histórias queer, mas admite que adoraria estar errada.

Laura Dusi-Showers, blogueira de romances, complementa que muitas mulheres se identificam com o romance entre homens em um livro de hóquei devido ao aspecto fantasioso de ver algo diferente de suas vidas cotidianas. Para ela, isso abre os olhos das pessoas para possibilidades que poderiam existir.

Reid escreveu suas histórias em resposta a uma paixão pelo hóquei, assim como às suas frustrações com a cultura que o cerca, especialmente no que diz respeito à homofobia. Em “Game Changer”, seu primeiro livro da série, ela traz à tona a história de um jogador fictício que é o primeiro a se assumir publicamente e seu namorado barista, um arco que é apresentado em “Heated Rivalry”. O envolvimento emocional das atuações, especialmente de Williams, cativa os fãs, mostrando que a conexão dos personagens vai além do que é esperado.

O desempenho emocional dos atores tem gerado reações intensas do público, com destaques para momentos sutis e falas bem interpretadas, provando que a série é muito mais do que apenas suas cenas de sexo. A receptividade em relação à série reafirma a força do romance queer, e o sucesso crescente indica que há um público ávido por mais histórias além do convencional.

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