No período natalino, o Rio de Janeiro assistiu ao registro de três trágicas mortes de mulheres. Entre 24 e 25 de dezembro, os possíveis casos de feminicídio ocorreram em regiões distintas da cidade, despertando preocupações acerca da segurança das mulheres e da persistência da violência de gênero na sociedade. As informações foram divulgadas pela Polícia Militar, que agora investiga as circunstâncias envolvidas em cada um dos casos.
Casos de feminicídio no Rio de Janeiro
As mortes, ocorridas em diferentes localidades, ressaltam um padrão preocupante de violência contra mulheres. No Centro do Rio, na tarde de 24 de dezembro, a Polícia Militar foi chamada para auxiliar em uma ocorrência de incêndio em um imóvel na Rua André Cavalcanti. Ao chegar ao local, os policiais encontraram o corpo de uma mulher, identificada como Sabina Saron Camilo Mates, com marcas de facadas, mesmo em uma área onde o fogo não havia atingido. O caso segue sob investigação pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que buscará elucidar as circunstâncias da morte dessa vítima.
Incidente de violência doméstica em Inhoaíba
Outro caso que chocou a cidade ocorreu em Inhoaíba, na Zona Oeste, no dia 25 de dezembro. Policiais do 27º BPM (Santa Cruz) foram acionados para uma ocorrência de violência doméstica. A vítima, ferida por golpes de faca desferidos pelo companheiro, foi socorrida e levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não sobreviveu aos ferimentos. O agressor, por sua vez, também foi agredido por vizinhos durante a confusão e, além disso, feriu-se com a faca; ele permanece sob observação no Hospital Municipal Rocha Faria. Este caso foi registrado na 35ª DP (Campo Grande), onde as investigações continuarão.
Feminicídio em Mangaratiba
Na mesma noite do dia 25, um terceiro caso foi registrado em Mangaratiba, na Costa Verde Fluminense. Policiais do 33º BPM (Angra dos Reis) foram chamados para investigar uma ocorrência de feminicídio na Praia do Saco, onde encontraram uma mulher já sem vida, vítima de disparos de arma de fogo. O principal suspeito, conforme informações da PM, seria o companheiro da vítima, que fugiu antes da chegada das autoridades. A 165ª DP (Mangaratiba) agora investiga essa trágica ocorrência.
Reflexões sobre a violência de gênero
Esses incidentes alarmantes colocam em evidência uma realidade cruel: a violência contra a mulher segue sendo uma questão urgente e prevalente no Brasil. O contexto em que estas mortes ocorreram levanta importantes questões sobre a segurança das mulheres, a eficácia das leis que visam protegê-las e a necessidade de um olhar mais atento e proativo da sociedade no combate ao feminicídio e à violência doméstica.
Como pedir ajuda?
Se você ou alguém que você conhece estiver passando por uma situação de violência, é fundamental saber onde buscar apoio. No Brasil, existem vários canais de assistência, como o Disque 180, que oferece atendimento 24 horas, e o Centro de Referência da Mulher em sua cidade, onde as vítimas podem encontrar apoio psicológico e jurídico. A denúncia é um importante passo para romper o ciclo de violência e buscar justiça.
É vital que a sociedade se una no combate à violência de gênero, promovendo campanhas educativas e garantindo que políticas públicas sejam implementadas para proteger as mulheres e prevenir esses crimes horrendos. Seja através da denúncia, seja pelo apoio em redes sociais e comunitárias, cada atitude é importante na luta contra a violência doméstica e o feminicídio no Brasil.
O aumento destes casos no Rio de Janeiro durante as festas de Natal é um chamado à ação. É necessário que as vozes se unam em busca de um futuro mais seguro e igualitário para todas as mulheres.


