Brasil, 26 de dezembro de 2025
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Natuza Nery se emociona ao comentar caso de feminicídio em SP

A jornalista Natuza Nery não conteve a emoção durante a exibição do programa “Edição das 18h”, na GloboNews, ao comentar o trágico caso de Tainara Souza Santos, de 31 anos, que foi brutalmente assassinada em São Paulo na véspera de Natal. O desabafo de Nery focou na violência enfrentada pelas mulheres no Brasil e na reação instintiva da vítima gravada em um vídeo que circulou nas redes sociais após o ataque.

A brutalidade do crime e seu impacto

Natuza Nery destacou as imagens que mostraram Tainara, mesmo gravemente ferida, tentando cobrir suas partes íntimas. “Esse vídeo, de maneira brutal, me mostrou ou reafirmou o que é ser mulher num país violento como o Brasil”, disse a jornalista, refletindo sobre a cena devastadora. Ela descreveu a situação com pesar: “Alguém filma a Tainara já deitada no asfalto, o monstro que fez isso tinha fugido, e ela não tinha a parte de baixo da roupa, porque foi arrancada no atrito com o asfalto. Ela é filmada e está responsiva.”

A apresentadora enfatizou a vulnerabilidade da jovem exposta no vídeo, pontuando: “Ela, sem nenhuma parte das costas, porque a pele foi arrancada no asfalto, ela com as duas mãos cobre a parte íntima dela. Isso me calou fundo, além da brutalidade, porque ela não tinha a parte de trás toda do corpo dela, inconscientemente ela protegeu a parte íntima para não ser exposta.”

A importância da educação na prevenção da violência

Em meio a sua análise, Natuza Nery argumentou que a educação familiar é uma ferramenta essencial no combate à violência contra as mulheres. “Todo dia a gente precisa se lembrar que a gente tem que ensinar os nossos filhos a nunca agredir uma mulher, e a gente tem que ensinar as nossas filhas a nunca, nunca perdoar uma agressão”, afirmou. Ela acrescentou um alerta contundente: “Temos que ensinar as nossas filhas a nunca perdoar uma agressão psicológica e, muito menos, uma agressão física. Do contrário, a gente vai continuar sendo o quinto país mais violento do mundo para as mulheres.”

Nery fez questão de ressaltar que, em média, quatro mulheres são vítimas de feminicídio no Brasil por dia, um número alarmante que exige ações efetivas para conter o problema. “Se não mudarmos essa cultura, continuaremos a lamentar perdas dolorosas como a de Tainara”, concluiu a âncora do “Edição das 18h”.

O crime que chocou o Brasil

O crime contra Tainara ocorreu na noite do dia 24 de dezembro, e a vítima faleceu após passar 25 dias internada. De acordo com o advogado da família, ela sofreu três cirurgias e teve parte dos glúteos amputada devido à gravidade das lesões. O crime foi cometido por Douglas Alves da Silva, de 26 anos, que atropelou a jovem ao sair de um bar e a arrastou pela rua. Testemunhas afirmaram que ele puxou o freio de mão do carro para aumentar o atrito com o solo durante o ataque.

A situação gerou uma ampla mobilização nas redes sociais e um clamor por justiça. A Justiça já aceitou a denúncia contra Douglas, que agora responde por feminicídio consumado. O caso levanta discussões sobre a necessidade de mudanças na sociedade para garantir a segurança das mulheres, enfatizando que casos como o de Tainara não devem se repetir.

Esta tragédia, refletida nas palavras de Natuza Nery, traz à tona uma realidade dolorosa vivida por muitas mulheres no Brasil. O caso de Tainara Santos se torna um símbolo da luta contra a violência de gênero, evidenciando a urgência em transformar a cultura que perpetua tal violência e a necessidade de uma educação mais eficaz para as futuras gerações.

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