Brasil, 26 de dezembro de 2025
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Morre o técnico Cláudio Mortari, ícone do basquete brasileiro

O técnico Cláudio Mortari faleceu na última quarta-feira (25), em São Paulo, conforme informado por sua família através de uma postagem nas redes sociais. Com uma carreira que ultrapassa quatro décadas, Mortari foi responsável por dirigir diversas equipes no Brasil, conquistando títulos significativos, incluindo o Campeonato Mundial Interclubes com o Esporte Clube Sírio. Ele também teve a honra de comandar a seleção brasileira durante os Jogos Olímpicos de 1980, realizados em Moscou, que na época fazia parte da União Soviética.

Um legado de conquistas e amizade

“Mortari foi um grande ídolo da nossa história. Um técnico de incrível qualidade tática, campeão. Mas, como pessoa, ainda melhor. Um gentleman, um professor. De uma educação e amizade incríveis. O mundo perde demais sem o Cláudio Mortari. O basquete perde um personagem e ídolo e nós perdemos um amigo. Um beijo na família, nos filhos. Vai-se o homem, fica a lenda. Descanse em paz e o risco por tudo que fez por aqui”, declarou o presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Marcelo Sousa, em homenagem ao treinador.

Nascido em 15 de março de 1948, em São Paulo, Mortari teve uma trajetória vitoriosa que o colocou como um dos grandes nomes do basquete nacional. Sua passagem pelo Palmeiras, onde conquistou o título brasileiro em 1977, e pelo Rio Claro, onde ganhou o mesmo título em 1995, são apenas alguns dos destaques da sua carreira. Mas foi no Esporte Clube Sírio que ele se tornou uma lenda, liderando a equipe ao título do Campeonato Mundial Interclubes de 1979, com um elenco repleto de estrelas, incluindo Oscar Schmidt, Marcel de Souza e Marquinhos Abdalla.

Contribuições para o basquete brasileiro

Além do título mundial, Cláudio Mortari deixou sua marca na história do basquete brasileiro ao vencer o Campeonato Sul-Americano em três ocasiões e o Campeonato Brasileiro em outras três: 1978, 1979 e 1983. Sua impressiva trajetória não se limita a apenas alguns clubes; ele teve passagens significativas por instituições reconhecidas como Bradesco, Corinthians, Pirelli, Telesp, Mogi das Cruzes, Mackenzie, Flamengo, Campos, Paulistano, São Bernardo e Esporte Clube Pinheiros. Sob seu comando, o Pinheiros conquistou um dos títulos mais importantes do basquete continental: a Liga das Américas em 2013.

Um tributo a um grande líder

A morte de Cláudio Mortari deixa uma lacuna imensa no universo do basquete e entre amigos e familiares. Sua dedicacão ao esporte e sua habilidade em inspirar jogadores se destacam como legado. A forma como ele interagia com seus atletas, sempre buscando o melhor desempenho e promovendo um ambiente de aprendizagem, fez dele um líder admirado e respeitado.

A repercussão de sua morte nas redes sociais evidencia o carinho e a gratidão que muitos sentem por ele. “Nunca esquecerei das aulas que tive com ele”, postou um ex-jogador. Seus ensinamentos e sua forma de ver o basquete transcendem os jogos e títulos, refletindo um amor pelo esporte que toca a todos que tiveram a honra de conhecê-lo.

Homenagens e legados

Como forma de prestar suas últimas homenagens, muitos clubes e jogadores têm se manifestado, lembrando a importância e a influência de Mortari no desenvolvimento do basquete no Brasil. Estão sendo organizadas ações que visam não apenas celebrar sua vida, mas também perpetuar seu legado através de iniciativas voltadas para a formação de novos técnicos e jogadores, inspirados por seu estilo e dedicação.

O basquete brasileiro, apesar da tristeza pela perda, continua a se beneficiar dos ensinamentos e do exemplo deixados por Cláudio Mortari, que será sempre lembrado como não apenas um grande técnico, mas um verdadeiro amigo e mentor.

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