Brasil, 26 de dezembro de 2025
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Morre aos 96 anos Mãe Carmen do Gantois, ícone do Candomblé

Faleceu na madrugada desta sexta-feira (26/12), aos 96 anos, Carmen Oliveira da Silva, mais conhecida como Mãe Carmen do Gantois. A ialorixá estava internada no Hospital Português, em Salvador (BA), onde lutava contra uma forte gripe. Sua morte marca a perda de uma das figuras mais icônicas do Candomblé no Brasil.

A importância de Mãe Carmen para o Candomblé

Mãe Carmen era a filha mais nova de Mãe Menininha do Gantois, considerada uma das mais proeminentes ialorixás da história da religião afro-brasileira. Desde jovem, Mãe Carmen dedicou sua vida à divulgação e preservação das tradições religiosas que perpetuam a cultura afro-brasileira.

Nascida em Salvador no dia 29 de dezembro de 1928, ela foi iniciada no Candomblé aos 7 anos de idade, no culto a Oxalá, considerado o Orixá de sua cabeça. Essa early initiation fez dela uma autoridade nas práticas e na espiritualidade da religião, o que a levaria a se tornar uma das líderes mais respeitadas no Brasil.

Legado e contribuições para a cultura afro-brasileira

Durante sua vida, Mãe Carmen promoveu diversas iniciativas que buscavam fortalecer a cultura afro-brasileira. Ela organizou festas, cerimônias e eventos que não apenas celebravam os Orixás, mas também divulgavam a importância do Candomblé como parte integral da identidade brasileira.

Além de sua atuação religiosa, Mãe Carmen também se destacou pelo seu papel como conselheira e mediadora nas comunidades em que atuava. Sua casa, o Terreiro do Gantois, era um espaço de acolhimento não apenas para os praticantes da religião, mas para qualquer pessoa que buscava apoio, conforto e orientação.

Uma vida de fé e dedicação

Ao longo de sua trajetória, Mãe Carmen sempre enfatizou a importância da fé e do respeito às tradições. Sua dedicação foi além de apenas liderar rituais; ela buscou a inclusão e o diálogo inter-religioso, um ato de coragem em uma sociedade que, muitas vezes, marginaliza as práticas afro-brasileiras.

O respeito e a admiração que conquistou na sociedade brasileira são refletidos nas inúmeras homenagens que recebeu ao longo dos anos. Mãe Carmen foi reconhecida não só pela sua importância dentro da religião, mas também como uma defensora dos direitos e da cultura afrodescendente no Brasil.

Uma despedida comovente

A notícia da sua morte causou um grande comoção entre os seus seguidores e admiradores. Com a partida de Mãe Carmen, o Candomblé perde uma de suas maiores defensoras, mas seu legado continuará vivo nas tradições que ajudou a cultivar e disseminar.

Em tributo à sua história e contribuição, muitos acreditam que a força de seu espírito continuará influenciando a religião e a cultura afro-brasileira. A dor pela perda é acompanhada pela gratidão por sua vida dedicada à fé e à tradição.

Para mais detalhes sobre a vida e a trajetória de Mãe Carmen do Gantois, acesse a reportagem completa no Correio 24 Horas, parceiro do Metrópoles.

Mãe Carmen do Gantois será lembrada como uma matriarca do Candomblé e um símbolo da luta pelo reconhecimento e respeito às tradições afro-brasileiras. Sua memória permanecerá viva nos corações de todos aqueles que buscam entender a riqueza cultural e espiritual que o Candomblé representa para o Brasil.

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