Brasil, 26 de dezembro de 2025
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Homenagem a Mãe Carmen de Oxaguian, ícone do Candomblé na Bahia

Mãe Carmen de Oxaguian, um dos mais respeitados ícones do Candomblé baiano, deixou um legado inestimável para as tradições afro-brasileiras. Filha mais nova de Mãe Menininha, ela foi iniciada aos 7 anos na Casa do Candomblé, onde viveu a maior parte de sua vida. Seu papel como Iyalaxé do Gantois foi fundamental para a preservação e continuidade dos rituais que honram os orixás, perpetuando a cultura e a espiritualidade dos povos iorubás na Bahia.

A trajetória de vida de uma matriarca do Candomblé

Mãe Carmen nasceu e cresceu em um ambiente onde a religiosidade e a tradição eram pilares fundamentais. Desde cedo, ela foi moldada pelos ensinamentos de sua mãe, Mãe Menininha, uma figura adorada e respeitada no Candomblé e que já havia construído um sólido legado no terreiro de Gantois. Mãe Carmen, portanto, não apenas seguiu os passos de sua mãe, como também se tornou uma referência em sua própria era, enfrentando desafios e celebrando conquistas que marcaram sua trajetória.

Durante sua vida, Mãe Carmen foi casada com José Zeno da Silva e foi mãe de duas filhas, Ângela Ferreira (Iyakekerê) e Neli Cristina (Iyadagan), que, assim como ela, perpetuaram a tradição familiar. Sua família se estendeu com a chegada de três netos (Bruno, Leila Carla e Leandro) e duas bisnetas (Letícia e Sophia), refletindo a continuidade de uma linhagem que mantém viva a cultura afro-brasileira.

O papel do Terreiro de Gantois na preservação das tradições

O Terreiro de Gantois, sob a liderança de Mãe Carmen, se tornou um pilar vital para a preservação dos costumes e legados milenares dos povos iorubás. Ali, rituais, danças e cantos se entrelaçam na vivência diária dos praticantes, conectando a religião aos aspectos culturais da Bahia. Durante anos, Mãe Carmen trabalhou incansavelmente para garantir que as tradições fossem respeitadas e transmitidas às novas gerações, unindo a comunidade em torno de uma identidade comum.

A importância de Mãe Carmen vai além das fronteiras do terreiro. Sua atuação como líder espiritual ajudou a aproximar a cultura afro-brasileira da sociedade mais ampla, promovendo o respeito e a valorização das tradições afrodescendentes. Ela se tornou um símbolo não apenas para os adeptos da religião, mas também para todos que reconhecem a riqueza cultural do Brasil.

Legado que transcende gerações

Embora Mãe Carmen tenha partido, seu legado continua vivo na memória e na prática de todos que foram tocados por sua sabedoria e dedicação. O terreiro de Gantois permanece como um espaço sagrado onde os ensinamentos e as tradições que ela ajudou a preservar seguem sendo praticados com devoção e tributo.

As mensagens de amor, respeito e fé que Mãe Carmen de Oxaguian deixou ressoam na atualidade, inspirando novas gerações a continuarem suas viagens espirituais e a celebrarem suas raízes. Sua vida é um lembrete da importância de honrar a ancestralidade, celebrar a diversidade e a riqueza da cultura brasileira.

A fundamental contribuição de Mãe Carmen ao Candomblé e à sociedade é um legado que será sempre lembrado e que continuará a influenciar a vida de muitos, fazendo dela uma verdadeira matriarca do Candomblé na Bahia.

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