Brasil, 26 de dezembro de 2025
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Fim do blackout nas transmissões da Premier League em 2026

Uma das tradições mais antigas e simbólicas do futebol inglês está perto do fim. A Premier League e a English Football League devem iniciar, no começo de 2026, conversas formais para encerrar o chamado blackout das 15h de sábado, regra que proíbe a transmissão ao vivo de partidas nesse horário no Reino Unido há mais de cinco décadas. Essa mudança pode ter um impacto significativo não apenas no futebol britânico, mas também na forma como os torcedores consomem o esporte.

Como funciona o blackout

O blackout, instituído nos anos 1960 e aplicado de forma contínua desde a década de 1980, impede exibições entre 14h45 e 17h15 aos sábados. O objetivo sempre foi claro: proteger o público dos estádios das divisões inferiores, evitando que jogos televisionados da elite esvaziem arquibancadas pelo país. Entretanto, com o passar do tempo e as mudanças nas dinâmicas de visualização, o debate sobre sua validade tem se intensificado.

Pressão por novas fontes de renda

Hoje, o cenário é diferente. O Reino Unido é o último grande mercado europeu a manter essa restrição, enquanto a pressão por novas fontes de receita cresce. Só nesta temporada, a Premier League já exibe um recorde de 270 partidas na TV local. Dirigentes avaliam que a liberação total do calendário é essencial para compensar a estagnação e até mesmo a queda real do valor dos direitos de transmissão na Europa. O futebol, assim como qualquer outro grande negócio, deve se adaptar às demandas dos torcedores e investidores.

Nova licitação

A EFL (English Football League) planeja lançar sua próxima licitação em 2027, mesmo que os contratos atuais sejam válidos até o fim da temporada 2028/29. Para isso, é crucial definir antecipadamente o que poderá ser oferecido às emissoras. Sem o blackout, todas as partidas das três primeiras divisões e das competições de copas poderiam ser incluídas nos pacotes comerciais, aumentando a visibilidade e as receitas dos clubes.

Estatuto e compensações

A regra do blackout encontra respaldo no Artigo 48 dos estatutos da UEFA, que permite que federações bloqueiem transmissões ao vivo por até duas horas e meia aos fins de semana. Na Inglaterra, a responsabilidade de solicitar a aplicação dessa norma é da Federação Inglesa, que, segundo fontes, não deve se opor à sua retirada. Isso levanta questões em relação a como essa mudança afetaria o futebol em outras partes do Reino Unido, onde a regra ainda está em vigor, como Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

O possível fim do blackout, no entanto, não passa sem controvérsia. Além de gerar pedidos de compensação financeira por parte das ligas menores, persiste o temor de um impacto negativo na presença de público nos estádios dessas divisões. A relação entre a audiência na televisão e a presença nos estádios sempre foi uma preocupação dos organizadores, e o ato de abolir essa antiga regra pode trazer consequências que precisam ser cuidadosamente consideradas.

Enquanto a discussão avança e novas estratégias estão sendo ponderadas, muitos torcedores estão ansiosos por essa mudança. O acesso aos jogos é visto como um avanço positivamente imerso na modernidade, permitindo que mais pessoas se conectem ao esporte que tanto amam, independentemente de onde estejam. Resta saber como essa alteração irá moldar o futuro do futebol inglês e se outras ligas ao redor do mundo seguirão esse exemplo.

À medida que as negociações avançam em 2026, será interessante acompanhar como a comunidade do futebol se adapta a esta nova era de transmissões e interações com os fãs. Apenas o tempo dirá se essa transformação será benéfica para todos os envolvidos.

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