Durante uma reunião realizada na última terça-feira (23) com integrantes da diretoria do Vasco, o presidente Pedrinho indicou que, neste momento, não pretende concorrer ao próximo processo eleitoral do clube. A eleição, prevista para o fim de 2026, definirá o comando vascaíno no triênio de 2027 a 2029.
Aliados ainda apostam em mudança de cenário
Pessoas próximas ao presidente avaliam que o cenário pode evoluir ao longo dos próximos meses. Por esse motivo, o grupo político Sempre Vasco, responsável por sua eleição, ainda não trabalha com nomes alternativos para a disputa. Mesmo assim, o discurso adotado por Pedrinho no encontro causou impacto entre dirigentes e lideranças internas. A percepção predominante após a reunião foi de que, ao menos neste momento, o presidente não demonstra disposição para buscar a reeleição.
Desgaste político e embates internos pesam na decisão
O presidente já havia mencionado publicamente o desgaste provocado pelo ambiente político do clube. No encontro de terça-feira, Pedrinho reforçou o incômodo com o que classificou como excesso de disputas internas e manobras da oposição. Segundo ele, essas ações têm dificultado o avanço do plano de recuperação judicial do Vasco, homologado pela Justiça no último domingo (21). A medida é considerada estratégica pela atual gestão para a reorganização financeira do clube, embora enfrente resistência de credores e de setores políticos internos.
Segurança da família também entra no debate
Além das questões institucionais, fatores pessoais tiveram peso na avaliação do dirigente. Em 2025, Pedrinho foi alvo de uma denúncia envolvendo um suposto plano de sequestro, episódio que gerou forte impacto emocional. O caso resultou em exposição pública, ameaças e preocupação com a segurança de seus familiares, elementos que contribuíram para o desgaste relatado pelo presidente.
Trajetória recente à frente do Vasco
Eleito no fim de 2023 para comandar o clube social, Pedrinho assumiu papel ainda mais central em maio de 2024. Na ocasião, o Vasco ingressou com ação judicial que retirou a empresa 777 Partners do controle do futebol, transferindo à diretoria do CRVG a gestão das operações esportivas. Esta decisão foi vista como um marco na tentativa de recuperar a credibilidade e a eficiência dentro do clube, especialmente após meses de controvérsia.
Com a decisão de não concorrer à reeleição, Pedrinho abre espaço para a discussão sobre o futuro da gestão do Vasco. A pressão por resultados e um ambiente político conturbado podem fazer com que novos nomes surjam como opções para o comando vascaíno, levando a um debate intenso entre os torcedores e a comunidade esportiva local.
A situação atual do Vasco reflete a complexidade da administração do clube e os desafios que seus líderes enfrentam para equilibrar interesses internos e externos. A continuidade de Pedrinho até o final do seu mandato atual parece ser uma prioridade no momento, mas as incertezas que cercam o futuro do Vasco são palpáveis. Torcedores e membros da comunidade esportiva aguardam ansiosamente por desdobramentos que poderão moldar o próximo capítulo na rica história do clube.


