Brasil, 25 de dezembro de 2025
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Jair Bolsonaro passa por cirurgia para tratar hérnia inguinal

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, foi submetido, nesta quinta-feira (25), a uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral. O procedimento foi realizado em um hospital particular de Brasília (DF), com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com os médicos responsáveis, a operação demorou mais de três horas e ocorreu conforme o previsto.

Detalhes da cirurgia

“O procedimento ocorreu sem nenhuma intercorrência”, afirmou o cirurgião Cláudio Birolini a jornalistas, após o término da operação e a transferência de Bolsonaro para o quarto onde ele permanecerá em observação pelos próximos dias. Segundo Birolini, a hérnia do lado esquerdo do abdômen estava em fase inicial, sendo menor do que a existente do lado direito. Assim, a equipe médica decidiu operar agora para evitar uma complicação futura.

“Se não a resolvessemos agora, daqui a alguns meses ele [Bolsonaro] ia desenvolver um quadro clínico do mesmo jeito que o que desenvolveu do lado direito. Então, já foi feita a correção [da hérnia inguinal bilateral] de ambos os lados”, acrescentou o cirurgião, explicando que, durante a cirurgia, foi utilizada anestesia geral e uma tela de polipropileno foi implantada na parte interna da parede abdominal, visando reforçar a área e prevenir novas hérnias.

Recuperação e cuidados pós-operatórios

A previsão inicial dos médicos é que Bolsonaro leve entre cinco e sete dias para se recuperar. Durante esse período, ele deve estar sob observação e realizar fisioterapia, além de outros cuidados para evitar complicações vasculares, como trombos. Os médicos também planejam reavaliar a necessidade de um procedimento para tratar os soluços recorrentes do ex-presidente, que têm afetado sua respiração e sono, causando desconforto e atrapalhando sua recuperação.

“Este é um ponto central [do acompanhamento do paciente, além da cirurgia da hérnia]”, declarou o cardiologista Brasil Ramos Caiado. “Em um pós-operatório, com o organismo precisando se recuperar, ele está sendo praticamente agredido por esse soluço”, comentou Caiado, que revelou que a equipe médica irá ajustar a medicação e explorar alternativas para lidar com o problema sem a necessidade de uma nova cirurgia. “Vamos observar, nestes próximos dias, a necessidade ou não deste procedimento [cirúrgico]. Provavelmente, faremos isto na segunda-feira [29], que é um bom tempo para ele poder responder à medicação”.

Vigilância durante a internação

Condenado pela trama golpista que culminou com o 8 de janeiro de 2023 e o ataque aos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão. O ex-presidente está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília desde 25 de novembro, por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

Autorizado a ser submetido à cirurgia, Bolsonaro foi levado ao hospital na manhã de ontem (24) por agentes da PF, acompanhado pela ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Durante a internação, ele estará sob vigilância constante, com dois agentes assegurando sua segurança na porta do quarto, além de outras equipes de segurança dentro e fora do hospital.

O acompanhamento próximo é uma exigência judicial que visa garantir tanto a segurança de Bolsonaro quanto a integridade do procedimento, em meio a um quadro de saúde delicado, marcado por sua recente condenação.

Esse episódio reflete a trajetória conturbada do ex-presidente após deixar o cargo e os desafios que ele enfrenta, não apenas em termos de saúde, mas também no âmbito legal. A expectativa é que, após essa cirurgia, Bolsonaro possa se recuperar e seguir com o tratamento necessário para as questões de saúde que ainda permanecem.

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