Brasil, 26 de dezembro de 2025
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Homem é preso após agressões em Sumaré durante saidinha de Natal

Um caso alarmante de violência doméstica ocorreu em Sumaré, SP, quando um homem de 29 anos foi preso após arremessar uma pedra contra o rosto de sua companheira e ameaçá-la com uma faca. O incidente foi registrado no dia seguinte à sua liberação, beneficiado pela saidinha de Natal, um programado de saída temporária que visa a ressocialização de presos no estado de São Paulo.

Circunstâncias da agressão

Conforme informações da Polícia Civil, o homem, que estava em liberdade condicional, cometeu a agressão em um momento de descontrole emocional. Após o ato violento, ele fugiu do local, mas retornou ao imóvel, onde foi encontrado e preso pela Polícia Militar. A vítima, que sofreu ferimentos, foi socorrida e levada para observação médica, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O que é a saidinha de Natal?

A saidinha é um benefício concedido a prisioneiros para facilitar sua reintegração social e manter laços familiares. De acordo com uma portaria do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), quatro saídas temporárias são programadas ao longo do ano, incluindo uma especial para o Natal e o Ano Novo. Esta liberação se dá sempre na terça-feira da terceira semana do mês, com retorno obrigatório na segunda-feira seguinte. No caso do Natal, a saída se estende até o dia 1º de janeiro.

Para ter o direito à saidinha, os detentos precisam cumprir um tempo mínimo de pena. Aqueles que estão em regime fechado devem ter cumprido 1/6 da pena se forem réus primários e 1/4 se forem reincidentes. Além disso, sua conduta dentro do presídio deve ser considerada boa; detentos com ocorrências leves ou médias devem passar por um período de reabilitação de conduta que pode levar até 60 dias.

Violência doméstica em números

O aumento da violência doméstica no Brasil é um fenômeno alarmante, com dados que revelam um crescimento acentuado nos últimos anos, especialmente durante o período de pandemia. A agressão desse homem à sua companheira é um indicativo de como a saidinha, embora tenha a intenção de ressocializar, pode, em alguns casos, resultar em consequências trágicas para as vítimas de violência. Especialistas apontam para a necessidade urgente de um acompanhamento mais efetivo de detentos em liberdade, além de programas de combate à violência doméstica que ofereçam suporte às vítimas.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) foi contatada pelo g1 para fornecer informações sobre o número de presos que foram beneficiados com a saidinha de Natal na região de Campinas, mas, até o fechamento desta reportagem, ainda não havia um posicionamento oficial.

A sociedade precisa agir

Com a crescente preocupação sobre a segurança das mulheres e o combate à violência doméstica, é fundamental que a sociedade se una para discutir e encontrar soluções para essas questões. As políticas públicas precisam ser revistas e aperfeiçoadas para que possam proteger as mulheres que se tornam vítimas e oferecer assistência efetiva. O relato da situação em Sumaré é um triste lembrete de que o caminho para a ressocialização dos presos deve ser acompanhado de medidas que garantam a segurança das pessoas que estão à sua volta.

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Esse caso destaca a vital importância de repensar as condições das saídas temporárias em um contexto onde os riscos à segurança das mulheres permanecem altos. A sociedade deve trabalhar em conjunto para desenvolver mecanismos de prevenção e apoio às vítimas.

Até que novas informações sejam liberadas, o caso de Sumaré permanece emblemático, chamando a atenção para a importância da proteção às vítimas de violência e a necessidade de um debate amplo sobre as saidinhas e suas implicações.

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